ATA DA OCTOGÉSIMA PRIMEIRA SESSÃO ORDINÁRIA DA
PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUARTA LEGISLATURA, EM
28-9-2005.
Aos vinte e oito dias do mês de setembro do ano de
dois mil e cinco, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho,
a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas, foi realizada a chamada,
sendo respondida pelos Vereadores Adeli Sell, Carlos Comassetto, Dr. Goulart,
Elói Guimarães, Ervino Besson, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, José Ismael
Heinen, Márcio Bins Ely, Margarete Moraes, Maristela Maffei, Nereu D'Avila e
Raul Carrion. Constatada a existência de quórum, o Senhor Presidente declarou
abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os Vereadores Alceu
Brasinha, Aldacir Oliboni, Almerindo Filho, Bernardino Vendruscolo, Carlos
Todeschini, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Elias Vidal, Haroldo de Souza,
Luiz Braz, Manuela d'Ávila, Maria Celeste, Mario Fraga, Maristela Meneghetti,
Maurício Dziedricki, Mônica Leal, Neuza Canabarro, Paulo Odone, Professor
Garcia, Sebastião Melo, Sofia Cavedon e Valdir Caetano. À MESA, foram
encaminhados, pela Bancada do Partido dos Trabalhadores, o Pedido de
Informações nº 233/05 (Processo nº 5676/05); pelo Vereador Adeli Sell, os Pedidos
de Providências nos 2283, 2284, 2285, 2286 e 2287/05 (Processos nos
5729, 5730, 5731, 5732 e 5733/05, respectivamente), os Pedidos de Informações nos
232, 237, 238, 239 e 240/05 (Processos nos 5628, 5725, 5739, 5743 e
5748/05, respectivamente) e o Projeto de Lei do Legislativo nº 269/05 (Processo
nº 5687/05); pelo Vereador Bernardino Vendruscolo, juntamente com o Vereador
Raul Carrion, o Projeto de Lei do Legislativo nº 260/05 (Processo nº 5546/05);
pelo Vereador Elói Guimarães, o Pedido de Providências nº 2275/05 (Processo nº
5712/05); pelo Vereador Ervino Besson, o Projeto de Resolução nº 129/05
(Processo nº 5543/05); pelo Vereador Haroldo de Souza, os Pedidos de
Providências nos 2228, 2229, 2230, 2231, 2232, 2233, 2234, 2235,
2236, 2237, 2238, 2239, 2240, 2241, 2242, 2243, 2244, 2245, 2246, 2247, 2248,
2249 e 2250/05 (Processos nos 5629, 5631, 5632, 5634, 5635, 5636,
5637, 5639, 5640, 5641, 5642, 5643, 5644, 5645, 5646, 5647, 5648, 5649, 5650,
5651, 5652, 5653 e 5654/05, respectivamente) e a Indicação n° 069/05 (Processo
n° 5627/05); pelo Vereador Ibsen Pinheiro, os Projetos de Lei do Legislativo nos
266 e 271/05 (Processos nos 5673 e 5756/05, respectivamente); pelo
Vereador João Antonio Dib, o Pedido de Providências nº 2301/05 (Processo nº
5755/05); pelo Vereador João Carlos Nedel, o Pedido de Providências nº 2251/05
(Processo nº 5655/05); pelo Vereador Márcio Bins Ely, os Pedidos de
Providências nos 2207, 2208, 2217, 2273, 2288 e 2289/05 (Processo nos
5516, 5517, 5537, 5709, 5734 e 5735/05, respectivamente); pela Vereadora Maristela
Maffei, os Pedidos de Providências nos 2220 e 2221/05 (Processos nos
5575 e 5576/05, respectivamente); pelo Vereador Paulo Odone, o Pedido de
Providências nº 2257/05 (Processo nº 5674/05); pela Vereadora Sofia Cavedon, os
Pedidos de Informações nos 235 e 236/05 (Processos nos
5707 e 5710/05, respectivamente). Também, foi apregoado o Ofício nº 323/05, do
Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre, encaminhando o Projeto de Lei do
Executivo nº 020/05 (Processo nº 5713/05). Na ocasião, foram apregoados os Memorandos nos 197, 198, 199
e 202/05, firmados pelo Vereador Elói Guimarães, Presidente da Câmara Municipal
de Porto Alegre, por meio dos quais Sua Excelência informa as Representações
Externas deste Legislativo, respectivamente: da Vereadora Maristela Maffei, no
XI Encontro dos Conselheiros Tutelares do Rio Grande do Sul – Criança e
Adolescente, Prioridade Absoluta, a ser realizado nos dias cinco, seis e sete
de outubro do corrente, no Salão de Eventos do Clube Caixeiros Viajantes, em
Porto Alegre; da Vereadora Maristela Maffei, no Congresso Internacional de
Educação e Responsabilidade Social, a ser realizado nos dias três e quatro de
novembro do corrente, no Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre; do Vereador
Maurício Dziedricki, na solenidade de abertura do Fórum “Construindo a Participação
Cidadã do Idoso”, hoje, no Salão Principal do Clube Farrapos, em Porto Alegre;
do Vereador Nereu D'Avila, na solenidade em homenagem aos Cento e Vinte Anos de
Fundação da Igreja Metodista no Rio Grande do Sul, realizada ontem na Assembléia
Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul. Ainda, foi apregoado Requerimento
de autoria do Vereador Raul Carrion, deferido pelo Senhor Presidente, solicitando
o desarquivamento do Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 004/96
(Processo nº 0640/96). Do EXPEDIENTE, constaram os Ofícios nos
10550053 e 10550054/05, do Fundo Nacional de Saúde do Ministério da Saúde. Na
ocasião, o Senhor Presidente determinou a distribuição em avulsos de cópias das
Atas da Septuagésima Quarta, Septuagésima Quinta e Septuagésima Sexta Sessões
Ordinárias e da Trigésima Quarta Sessão Solene que foram aprovadas, constatada
a existência de quórum. Em prosseguimento, o Senhor Presidente registrou as
presenças dos Vereadores Elmo Klein, do PMDB, da Câmara Municipal de Chapada –
RS; Saldanha Borges e Joailson Roberto Redel, respectivamente do PTB e do PFL,
da Câmara Municipal de Independência – RS. Em PAUTA, Discussão Preliminar,
estiveram: em 1ª Sessão, o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 038/05,
discutido pelos Vereadores João Antonio Dib e Carlos Comassetto e pela
Vereadora Maristela Maffei, o Projeto de Resolução nº 130/05, discutido pelo
Vereador Márcio Bins Ely; em 2ª Sessão, o Substitutivo nº 01 ao Projeto de
Resolução nº 053/03, discutido pelo Vereador Adeli Sell, os Projetos de Lei do
Legislativo nos 258/05, 210/05, este discutido pelo Vereador Carlos
Comassetto, e 255/05, discutido pelo Vereador Adeli Sell e pela Vereadora Maristela
Maffei, o Projeto de Lei do Executivo nº 017/05; em 3ª Sessão, os Projetos de
Lei do Legislativo nos 241/01 e 138/05, o Projeto de Resolução nº
125/05. Na oportunidade, por solicitação do Vereador Adeli Sell, foi realizado
um minuto de silêncio em homenagem póstuma ao Senhor Hideraldo Luiz Marcondes,
Presidente da Associação Atlética Banco do Brasil – AABB, falecido ontem.
Também, foram apregoadas as Emendas nos 02 e 03, propostas pelo Vereador
Carlos Todeschini e assinadas pela Vereadora Maristela Maffei, Líder da Bancada
do PT, ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 004/05 (Processo nº
5014/05). Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Márcio Bins Ely manifestou-se
favoravelmente, em nome da Bancada do Partido Democrático Trabalhista, à
iniciativa do Deputado Estadual Vieira da Cunha, de iniciar a coleta de
assinaturas na Assembléia Legislativa, a fim de que se instaure Comissão
Parlamentar de Inquérito para averiguar possível envolvimento irregular do
Partido dos Trabalhadores no Estado com o Senhor Marcos Valério durante
campanhas eleitorais. Após, o Vereador Carlos Comassetto formulou Requerimento
verbal, solicitando seja distribuído a todos Vereadores desta Casa o resultado
oficial jurídico da Comissão Parlamentar de Inquérito sobre a Segurança Publica
do Estado do Rio Grande do Sul, que inocentou o ex-Governador Olívio Dutra.
Ainda, o Vereador Carlos Comassetto manifestou-se acerca da ausência de seu
nome no painel luminoso do Sistema Eletrônico de Votações. A Vereadora
Maristela Maffei pronunciou-se criticamente quanto ao comportamento político do
Deputado Estadual Vieira da Cunha, especialmente no que se refere às
iniciativas desse Parlamentar em propor Comissões Parlamentares de Inquérito
para investigar denúncias de irregularidades contra o Partido dos Trabalhadores.
Nesse contexto, questionou as políticas públicas do atual Governo Estadual, especialmente
na área da segurança pública. Em continuidade, o Vereador Mario Fraga formulou
Requerimento verbal, solicitando cópia das notas taquigráficas do
pronunciamento da Vereadora Maristela Maffei, em Comunicação de Líder. Na ocasião,
o Vereador Dr. Goulart formulou Requerimento verbal, solicitando a retirada de
termos constantes no pronunciamento da Vereadora Maristela Maffei, em Comunicação
de Líder, tendo o Senhor Presidente informado que irá examinar os apanhados
taquigráficos, a fim de tomar as providências que se fizerem necessárias. Em
COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Luiz Braz externou seu apoio a todas as
Comissões Parlamentares de Inquérito que se pretendem instalar com a finalidade
de investigar com isenção problemas ocorridos em nível estadual. Sobre o tema,
citou como exemplo as dúvidas sobre a destinação de aproximadamente um milhão e
duzentos mil reais que o Partido dos Trabalhadores teria recebido durante a
campanha eleitoral para o Governo do Estado do Rio Grande do Sul. O Vereador
Sebastião Melo abordou irregularidades em contratos de recolhimento de lixo no
Município, denunciadas por Sua Excelência ao Tribunal de Contas do Estado.
Ainda, avaliou Comissão de Inquérito proposta pelo Deputado Estadual Vieira da
Cunha, para investigar o financiamento de campanhas eleitorais no Rio Grande do
Sul, e classificou como equivocada a atuação do Presidente Luiz Inácio Lula da
Silva no referente à escolha do novo Presidente da Câmara dos Deputados. Na ocasião,
o Vereador Mario Fraga ratificou Requerimento verbal, formulado anteriormente
por Sua Excelência, o qual solicitava cópia do pronunciamento efetuado hoje
pela Vereadora Maristela Maffei, em Comunicação de Líder. Em COMUNICAÇÃO DE
LÍDER, o Vereador João Antonio Dib questionou os motivos pelos quais não estão
sendo devidamente punidos os responsáveis por atos de vandalismo e pichação em
monumentos e prédios do Município. Nesse sentido, propugnou pela mobilização da
comunidade porto-alegrense, para que sejam denunciados e presos os responsáveis
pela destruição do patrimônio público, destacando os prejuízos financeiros,
históricos e culturais resultantes da ação desses infratores. A Vereadora
Manuela d’Ávila saudou o lançamento, em Porto Alegre, da “Frente Brasil Sem
Armas” e analisou o Projeto de Lei do Legislativo nº 230/05, de sua autoria,
relativo à arte em grafite. Também, citou a cassação do Prefeito José Ezequiel,
do Município de Triunfo; apoiou a candidatura do Deputado Aldo Rebelo à
Presidência da Câmara dos Deputados e comentou a proposta do Deputado Estadual
Vieira da Cunha, de implantar Comissão de Inquérito sobre campanhas eleitorais
no Estado. A Vereadora Clênia Maranhão elogiou a qualidade dos espetáculos que
integraram a edição dois mil e cinco do “Porto Alegre em Cena” e relatou
eventos organizados no Município, concernentes ao transcurso da “Semana do
Idoso”, enfatizando a importância de políticas públicas voltadas a essa faixa
etária. Ainda, replicou críticas ao Deputado Estadual Vieira da Cunha,
efetuadas nesta Sessão pela Vereadora Maristela Maffei, e aludiu à eleição,
hoje, do novo Presidente da Câmara dos Deputados. Na oportunidade, o Vereador
Mario Fraga formulou questionamentos acerca da guarda do material resultante
das gravações realizadas pela TV Câmara, tendo o Senhor Presidente informado
que esse material é adequadamente preservado pela Casa. A seguir, constatada a
existência de quorum, foi iniciada a ORDEM DO DIA e aprovado Requerimento
verbal de autoria do Vereador Elói Guimarães, aditado pelos Vereadores Nereu
D’Avila, Mario Fraga e Aldacir Oliboni, solicitando alteração na ordem de
apreciação da matéria constante na Ordem do dia, de acordo com o definido em reunião
realizada entre a Mesa Diretora e o Colégio de Líderes no dia vinte e seis de
setembro do corrente. Na ocasião, foi aprovado Requerimento de autoria da
Vereadora Sofia Cavedon, solicitando votação em destaque para as Emendas nos
296 e 288 apostas ao Projeto de Lei do Executivo nº 009/05 e para a Emenda nº
05 à Redação Final desse Projeto. Em Discussão Geral e Votação Nominal, esteve
o Projeto de Lei do Executivo nº 009/05, em sua parte vetada, o qual, após ser
discutido pelos Vereadores Adeli Sell, Carlos Todeschini, Sofia Cavedon, Luiz
Braz, Professor Garcia e Sebastião Melo, foi votado conforme especificado a
seguir. Foi votada destacadamente e aprovada a Emenda nº 296 do Projeto de Lei
do Executivo nº 009/05, considerando-se rejeitado o Veto a ela aposto, por
vinte e nove votos SIM, tendo votado os Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni,
Almerindo Filho, Bernardino Vendruscolo, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini,
Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Elias Vidal, Elói Guimarães, Ervino Besson,
Haroldo de Souza, João Antonio Dib, Luiz Braz, Manuela d'Ávila, Márcio Bins Ely,
Margarete Moraes, Maria Celeste, Mario Fraga, Maristela Maffei, Maristela
Meneghetti, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro, Professor Garcia, Raul
Carrion, Sebastião Melo, Sofia Cavedon e Valdir Caetano. Foi votada
destacadamente e rejeitada a Emenda nº 288 do Projeto de Lei do Executivo nº
009/05, considerando-se mantido o Veto a ela aposto, por vinte e oito votos
NÃO, tendo votado os Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Almerindo
Filho, Bernardino Vendruscolo, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Clênia
Maranhão, Elias Vidal, Elói Guimarães, Ervino Besson, João Antonio Dib, Luiz
Braz, Manuela d'Ávila, Márcio Bins Ely, Margarete Moraes, Maria Celeste, Mario
Fraga, Maristela Maffei, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro, Paulo
Odone, Professor Garcia, Raul Carrion, Sebastião Melo, Sofia Cavedon e Valdir
Caetano. Foi votada destacadamente e rejeitada a Emenda nº 05 à Redação Final
do Projeto de Lei do Executivo nº 009/05, considerando-se mantido o Veto a ela
aposto, por vinte e nove votos NÃO, tendo votado os Vereadores Adeli Sell,
Aldacir Oliboni, Almerindo Filho, Bernardino Vendruscolo, Carlos Comassetto,
Carlos Todeschini, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Elias Vidal, Elói
Guimarães, Ervino Besson, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João Carlos
Nedel, Luiz Braz, Manuela d'Ávila, Márcio Bins Ely, Margarete Moraes, Maria
Celeste, Mario Fraga, Maristela Maffei, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Neuza
Canabarro, Professor Garcia, Raul Carrion, Sebastião Melo, Sofia Cavedon e Valdir
Caetano. Durante a apreciação do Projeto de Lei do Executivo nº 009/05, a
Vereadora Manuela d’Ávila e o Vereador Carlos Comassetto cederam seus tempos de
discussão, respectivamente, aos Vereadores Adeli Sell e Carlos Todeschini, e a
Vereadora Sofia Cavedon formulou Requerimento verbal, solicitando a suspensão
dos trabalhos da presente Sessão. Também, em face de Questão de Ordem formulada
pelo Vereador Adeli Sell, o Senhor Presidente prestou esclarecimentos acerca do
artigo 77, § 2º, da Lei Orgânica do Município de Porto Alegre, que dispõe sobre
a abrangência de Veto Parcial, tendo os Vereadores Sebastião Melo e Bernardino
Vendruscolo se manifestado sobre o assunto e o Vereador Sebastião Melo
formulado Requerimento verbal, deferido pelo Senhor Presidente, solicitando o
auxílio da Procuradoria desta Casa na análise do Veto Parcial ao Projeto de Lei
do Executivo nº 009/05. Ainda, foram apregoadas as Emendas nos 04 e
05, propostas pelo Vereador João Carlos Nedel e assinadas pelo Vereador João
Antonio Dib, Líder da Bancada do PP, ao Projeto de Lei Complementar do
Executivo nº 004/05 (Processo nº 5014/05). Na ocasião, os trabalhos estiveram
suspensos das quinze horas e quarenta e três minutos às dezesseis horas e
quatro minutos, nos termos regimentais. Também, o Senhor Presidente registrou
as presenças de integrantes do Grupo Na’Amat Pioneiras, presentes a este
Legislativo para participarem do Projeto de Educação Política desenvolvido pelo
Memorial desta Casa, e da Vereadora Nadine Dubal, do Partido Progressista do
Município de São Borja – RS. Após, foi apregoado Requerimento de autoria do
Vereador João Carlos Nedel, deferido pelo Senhor Presidente, solicitando a
retirada de tramitação da Emenda nº 04 ao Projeto de Lei Complementar do
Executivo nº 004/05 (Processo nº 5014/05). Em prosseguimento, foram apregoadas
as seguintes Emendas ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 004/05
(Processo nº 5014/05): de nº 06, de autoria do Vereador Sebastião Melo, Líder
da Bancada do PMDB; de nº 07, proposta pelo Vereador João Carlos Nedel e
assinada pela Vereadora Clênia Maranhão, Líder da Bancada do PPS; de nº 08,
proposta pelo Vereador João Carlos Nedel e assinada pelo Vereador João Antonio
Dib, Líder da Bancada do PP; de nº 09, de autoria da Vereadora Manuela d’Ávila,
Líder da Bancada do PCdoB, e subscrita pelo Vereador Raul Carrion; de nº 10, de
autoria do Vereador Professor Garcia, Líder da Bancada do PSB; de nº 11, de
autoria dos Vereadores Raul Carrion, Manuela d’Ávila, Líder da Bancada do
PCdoB, e Carlos Todeschini; de nº 12, de autoria da Vereadora Manuela d’Ávila,
Líder da Bancada do PCdoB, e do Vereador Raul Carrion; de nº 13, de autoria do
Vereador Carlos Todeschini, Vice-Líder da Bancada do PT. Ainda, foram aprovados
os seguintes Requerimentos, solicitando a retirada de tramitação de Projetos:
de autoria da Vereadora Manuela d’Ávila, com referência ao Projeto de Lei do
Legislativo nº 051/05 (Processo nº 1215/05); de autoria do Vereador Bernardino
Vendruscolo, com referência ao Projeto de Resolução nº 072/05 (Processo nº
1570/05); de autoria do Vereador Haroldo de Souza, com referência ao Projeto de
Lei do Legislativo nº 199/05 (Processo nº 4276/05); e de autoria do Vereador
Raul Carrion, com referência ao Projeto de Lei do Legislativo nº 120/05 (Processo
nº 2507/05). A seguir, foram apregoados Requerimentos, deferidos pelo Senhor
Presidente, solicitando a retirada de tramitação de Emendas apostas ao Projeto
de Lei Complementar do Executivo nº 004/05 (Processo nº 5014/05): de autoria da
Vereadora Manuela d’Ávila, com relação à Emenda nº 09; de autoria do Vereador
Professor Garcia, com relação à Emenda nº 10; de autoria do Vereador Carlos Todeschini,
com referência às Emendas nos 02 e 03; de autoria do Vereador
Sebastião Melo, com referência à Emenda nº 06. Em Discussão Geral e Votação,
foi aprovado o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 004/05, com ressalva
das Emendas a ele apostas, por vinte e oito votos SIM, após ser discutido pelos
Vereadores Adeli Sell, Sebastião Melo, Sofia Cavedon, Bernardino
Vendruscolo, Maristela Maffei, Raul Carrion, Aldacir
Oliboni, Carlos Todeschini e Carlos Comassetto, em votação nominal
solicitada pelo Vereador Elói Guimarães, tendo votado os Vereadores Adeli Sell,
Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Carlos Comassetto,
Carlos Todeschini, Clênia Maranhão, Elias Vidal, Elói Guimarães, Ervino Besson,
Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz
Braz, Manuela d'Ávila, Márcio Bins Ely, Margarete Moraes, Maria Celeste, Mario
Fraga, Maristela Maffei, Maristela Meneghetti, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro,
Paulo Odone, Professor Garcia, Raul Carrion e Sebastião Melo. Durante a apreciação do
Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 004/05, os Vereadores Carlos
Comassetto, Maria Celeste e Margarete Moraes cederam seus tempos de discussão,
respectivamente, aos Vereadores Sofia Cavedon, Carlos Todeschini e Carlos Comassetto. Na ocasião, foram registradas as presenças
dos Senhores João Derly de Oliveira Nunes Júnior, Campeão Mundial de Judô na
categoria meio-leve, e Antônio Carlos Pereira, Técnico desse Atleta, tendo os
Vereadores Paulo Odone e Mario Fraga manifestado-se acerca da presença de Suas
Senhorias nesta Casa. Às dezessete horas e nove minutos, os trabalhos foram
regimentalmente suspensos, sendo retomados às dezessete horas e onze minutos,
constatada a existência de quórum. Em continuidade, foi apregoado o Ofício nº
319/05, de autoria do Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre, encaminhando o
Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 007/05 (Processo nº 5615/05). Na
oportunidade, em face de Questões de Ordem formuladas pelo Vereador Sebastião
Melo, o Senhor Presidente prestou esclarecimentos acerca das Emendas a serem
votadas, relativamente ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 004/05.
Foi aprovada a Emenda nº 05 aposta ao Projeto de Lei Complementar do Executivo
nº 004/05, por trinta votos SIM, em votação nominal solicitada pelo Vereador
Elói Guimarães, tendo votado os Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Aldacir
Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Clênia
Maranhão, Elias Vidal, Elói Guimarães, Ervino Besson, Haroldo de Souza, João
Antonio Dib, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Márcio Bins Ely,
Margarete Moraes, Maria Celeste, Mario Fraga, Maristela Maffei, Maristela
Meneghetti, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro, Paulo Odone, Professor
Garcia, Raul Carrion, Sebastião Melo, Sofia Cavedon e Valdir Caetano. Foi
aprovada a Emenda nº 07 aposta ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº
004/05, por vinte e nove votos SIM, em votação nominal solicitada pelo Vereador
Elói Guimarães, tendo votado os Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni,
Bernardino Vendruscolo, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Clênia Maranhão,
Elias Vidal, Elói Guimarães, Ervino Besson, Haroldo de Souza, João Antonio Dib,
João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Márcio Bins Ely, Margarete
Moraes, Mario Fraga, Maristela Maffei, Maristela Meneghetti, Mônica Leal, Nereu
D'Avila, Neuza Canabarro, Paulo Odone, Professor Garcia, Raul Carrion, Sebastião
Melo, Sofia Cavedon e Valdir Caetano. Foi aprovada a Emenda nº 08 aposta ao
Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 004/05, por vinte e oito votos SIM,
em votação nominal solicitada pelo Vereador Elói Guimarães, tendo votado os
Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Bernardino Vendruscolo,
Carlos Comassetto, Clênia Maranhão, Elias Vidal, Elói Guimarães, Ervino Besson,
Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz
Braz, Márcio Bins Ely, Margarete Moraes, Mario Fraga, Maristela Maffei,
Maristela Meneghetti, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro, Paulo Odone,
Professor Garcia, Raul Carrion, Sebastião Melo, Sofia Cavedon e Valdir Caetano.
Na ocasião, o Senhor Presidente declarou prejudicada a Emenda nº 12, aposta ao
Projeto de Lei Complementar da Executivo nº 004/05, em face da aprovação da
Emenda nº 08. Foi aprovada a Emenda nº 11 aposta ao Projeto de Lei Complementar
do Executivo nº 004/05, por vinte e oito votos SIM, em votação nominal
solicitada pelo Vereador Elói Guimarães, tendo votado os Vereadores Adeli Sell,
Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Carlos Comassetto,
Carlos Todeschini, Clênia Maranhão, Elias Vidal, Elói Guimarães, Ervino Besson,
Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Márcio Bins
Ely, Margarete Moraes, Mario Fraga, Maristela Maffei, Maristela Meneghetti,
Mônica Leal, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro, Paulo Odone, Professor Garcia,
Raul Carrion, Sebastião Melo, Sofia Cavedon e Valdir Caetano. Foi aprovada a
Emenda nº 13 aposta ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 004/05, por
vinte e sete votos SIM, em votação nominal solicitada pelo Vereador Elói
Guimarães, tendo votado os Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni,
Bernardino Vendruscolo, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Clênia Maranhão,
Elias Vidal, Elói Guimarães, Ervino Besson, Haroldo de Souza, João Antonio Dib,
João Carlos Nedel, Luiz Braz, Márcio Bins Ely, Margarete Moraes, Mario Fraga,
Maristela Maffei, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro, Paulo Odone,
Professor Garcia, Raul Carrion, Sebastião Melo, Sofia Cavedon e Valdir Caetano.
A seguir, foi apregoado Requerimento de autoria do Vereador Carlos Todeschini,
deferido pelo Senhor Presidente, solicitando autorização para representar
externamente este Legislativo no “Seminário Novo Marco Regulatório do Setor de
Saneamento do Brasil”, a ser realizado amanhã, em Brasília – DF. Na ocasião, o
Senhor Presidente registrou a presença dos Senhores Cristiano Tatsch e Zulmir
Breda, respectivamente Secretário e Sub-Secretário Municipais da Fazenda. Às
dezoito horas e quarenta e quatro minutos, o Senhor Presidente informou que
nada mais havia a tratar e encerrou os trabalhos, convocando os Senhores
Vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram
presididos pelos Vereadores Elói Guimarães e João Carlos Nedel e secretariados
pelo Vereador Nereu D’Avila. Do que eu, Nereu D’Avila, determinei fosse lavrada
a presente Ata que, após distribuída em avulsos e aprovada, será assinada por
mim e pelo Senhor Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Queremos registrar a presença do Ver.
Elmo Klein, do PMDB de Chapada; do Ver. Saldanha Borges, do PTB de
Independência; e do Ver. Joailson Roberto Redel, do PFL de Independência.
Sintam-se como se estivessem nas Câmaras Municipais de V. Exa. Meus
cumprimentos.
Passamos
à
(05 oradores/05 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC.
N. 5131/05 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO N. 038/05, de autoria do Ver. Raul Carrion, que
dispõe sobre a utilização do solo urbano no Município, adequando-o ao
cumprimento da função social da propriedade e ao disposto no Estatuto da
Cidade, regulamenta os arts. 203 a 206 da Lei Orgânica do Município de Porto
Alegre e revoga a Lei Complementar n. 312, de 29 de dezembro de 1993. Com
Emenda n. 01.
PROC.
N. 5558/05 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 130/05, de autoria do Ver. Elói Guimarães, que altera a Resolução n.
1.178, de 16 de julho de 1992, e alterações posteriores, acrescentando ao
inciso III do art. 216 a expressão ou pilcha gaúcha, após a expressão traje
passeio completo.
2ª SESSÃO
PROC. N. 2612/03 –
SUBSTITUTIVO N. 01, de
autoria do Ver. Dr. Goulart, que
altera o art. 2º da Resolução n. 1.510, de 6 de novembro de 2000, que institui
o Prêmio Mário Rigatto, cuja outorga se dará mediante proposição de Vereador
com recomendações anexas do CRM, da
AMRGS e do SIMERS, ao PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 053/03, de autoria do
Ver. Claudio Sebenelo.
PROC.
N. 4441/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 210/05, de autoria do Ver. Carlos Comassetto, que
denomina Rua João Pacheco o logradouro não-cadastrado, atualmente denominado Rua
Odorico Fantinel, localizado no
Bairro Belém Novo, e revoga a Lei n. 8.356, de 13 de outubro de 1999.
PROC.
N. 5300/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 255/05, de autoria do Ver. Elias Vidal, que
isenta o cidadão desempregado do pagamento da taxa de inscrição em concursos
promovidos por órgãos públicos do Município. Com Emenda n. 01.
PROC.
N. 5457/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 258/05, de autoria do Ver. Professor Garcia, que denomina Largo
Ernesto Ordovás o logradouro público cadastrado, localizado no Bairro
Rio Branco.
PROC.
N. 5473/05 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N. 017/05, que dá nova redação ao “caput” do art. 1º
da Lei n. 7.613/95, que dispõe sobre gratificação individual de produtividade
técnico-jurídica, modifica a redação do “caput” do art. 2º da Lei n. 7.690/95,
que institui gratificação de incentivo técnico aos funcionários detentores de
cargo para cujo provimento seja exigida formação universitária ou habilitação
legal equivalente.
3ª SESSÃO
PROC.
N. 2925/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 138/05, de autoria do Ver. Adeli Sell, que denomina Passarela Sônia Duro a passarela de pedestres sobre a
Avenida Ipiranga, localizada em frente ao número 6681, Campus da Pontifícia
Universidade Católica do Rio Grande do Sul, no Bairro Partenon.
PROC. N. 5018/05 - PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO N. 241/01, de
autoria do Ver. Dr. Goulart, que inclui art. 72-A na Lei n. 6.309, de 28 de
dezembro de 1988, e alterações posteriores, que estabelece o Plano de Carreira
dos Funcionários da Administração Centralizada do Município, estabelecendo uma
gratificação de 50% do valor básico inicial do cargo aos funcionários da
Secretaria Municipal da Saúde, quando lotados e em exercício em locais da
Gerência Distrital do Extremo Sul/SMS.
PROC. N. 5244/05 -
PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 125/05, de
autoria da Ver.ª Maria Celeste, que altera a Resolução n. 1.178, de 16 de julho
de 1992, e alterações posteriores, incluindo art. 139-A e parágrafo único no
art. 154, criando critérios para a utilização da tribuna por ocasião do Grande
Expediente e do comparecimento de autoridades.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. João Antonio Dib está com a
palavra para discutir a Pauta.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, dois novos Projetos estão na Pauta no dia de
hoje. Se o nosso problema fosse fazer leis, e se as leis feitas fossem
cumpridas, eu faria um projeto de lei de um só artigo, que diria: “Art. 1º -
Faça-se a paz.” Feita a paz, nós não teríamos mais problemas no mundo.
Os
Estados Unidos estão gastando bilhões de dólares no Iraque, está morrendo gente
e não traz solução nenhuma. Imaginem aqueles bilhões de dólares empregados na
paz! Nós teríamos um mundo sem nenhum problema. (Palmas.) Não é novidade, eu
não posso querer a guerra. Eu sou favorável à paz. De qualquer forma, eu
agradeço os aplausos. Daqui a pouco vão-me retirar os aplausos, eu tenho que
agradecer agora mesmo.
O
Ver. Carrion traz aqui um Projeto muito interessante, que, eu acho, vale o
estudo de todos nós, Vereadores: ele quer dispor sobre a utilização do solo
urbano no Município, adequando-o ao cumprimento da função social da propriedade
e ao disposto no Estatuto da Cidade.
Há
algumas coisas interessantes aqui no Projeto. Por exemplo - se isso fosse
verdade, o mundo estaria em paz -, o parágrafo 1º do art. 2º diz assim: “A
função social da Cidade é compreendida como direito de acesso de todo o cidadão
às condições básicas de vida para as presentes e futuras gerações”. Ora, que
maravilha! Que coisa boa se estivesse assegurado o acesso de todo o cidadão ao
mínimo indispensável, que é casa e comida, podendo transformar cada casa dessas
num lar! Seria uma coisa extraordinária!
O
parágrafo 2º diz que, para assegurar a função social da Cidade, o Poder Público
promoverá e exigirá do proprietário do solo urbano, nos termos desta Lei
Complementar, a adoção de medidas que visem ao cumprimento da função social da
propriedade, conforme o disposto no Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e
Ambiental.
Já
existe lei no Município nesse sentido, mas, se nós usássemos as áreas do
Município que estão livres e que deveriam dar acesso a todos os cidadãos, no
Plano Diretor antigo, com os índices antigos, nós teríamos a possibilidade de
utilizar essas áreas e fazer residências para 2 milhões e 400 mil habitantes.
Nós estamos com 1 milhão e 400 mil; está sobrando, Ver. Carrion...
O Sr. Raul Carrion: V. Exª permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Ver. João Dib, em primeiro lugar, quero saudá-lo. É importante a
sua intervenção. Este talvez seja um dos Projetos mais importantes que eu
amadureci nesses anos todos, e merecerá uma grande discussão da Casa. Apesar de
haver a Lei da função social da propriedade, de iniciativa do Ver. Lauro
Hagemann, ocorre que ela se deu em 1993, logo após a Constituição, que inovou,
no art. 182, mas ainda não existia o Estatuto da Cidade. Então, uma série de
elementos da Lei Complementar nº 312 ficaram nulos, porque o Estatuto definiu,
digamos, o detalhamento, regulamentou; inclusive, muitas ações que a Prefeitura
fez foram questionadas na Justiça porque não tinha legislação federal
regulamentando.
Então,
eu creio que é uma bela discussão, mas gostaria de dizer que nós não estamos
“chovendo no molhado”, porque o Estatuto da Cidade nos obrigou a fazer isto; tanto
é assim que a Prefeitura, no final, se não me engano, do ano retrasado,
encaminhou a esta Casa uma adequação da Lei que define a função social da
propriedade; depois, parece que numa negociação do IPTU retirou. Então, eu
quero saudar V. Exª Por trazer esta discussão e dizer que nós estamos de
espírito totalmente aberto. É uma lei complexa, mas é necessária para a Cidade.
É
realmente um Projeto para ser muito bem estudado; e não aprovado como aquele do
Ver. Lauro Hagemann, que foi aprovado meio às pressas: “Os que estão de acordo
permaneçam como estão”, disse o Presidente. “Aprovado.” Mas não foi bem assim.
Eu espero que este aqui seja muito bem estudado, porque realmente é muito
complicado. Saúde e PAZ!
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. ADELI SELL (Requerimento): Sr. Presidente, solicito um minuto de
silêncio pela trágica morte em acidente do Sr. Hideraldo Luiz Marcondes,
Presidente da Associação Atlética Banco do Brasil.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Deferimos o pedido.
(Faz-se
um minuto de silêncio.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Carlos Comassetto está com a
palavra para discutir a Pauta.
O SR. CARLOS COMASSETTO: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães,
prezados colegas Vereadores, prezadas colegas Vereadoras, prezado público que
nos assiste, tanto nas galerias como no Canal 16, gostaria de fazer comentários
sobre os Projetos que estão em Pauta.
Primeiro,
vou comentar um Projeto de nossa autoria, hoje em 2ª Sessão, que trata da
denominação de uma rua. Por que eu quero me referir a este Projeto? Na
realidade, não se trata da denominação de uma rua, mas de um pedido da
comunidade para troca do nome da rua.
Está
para ser votado na Ordem do Dia um Projeto de autoria do então Ver. Juarez
Pinheiro, que busca a obrigatoriedade de serem consultadas as pessoas da rua,
mesmo daqueles logradouros cadastrados, para que possa haver o atendimento à
comunidade, acordando nomes de ruas.
Este
Projeto de nossa autoria denomina Rua João Pacheco um logradouro não-cadastrado
lá no Chapéu do Sol em Belém Novo - atualmente denominada Rua Odorico Fantinel.
O nome foi colocado na rua sem a concordância dos moradores de lá. Então, quero
trazer aqui a questão do método que nós adotamos hoje para dar nome às ruas,
porque muitas vezes a comunidade não está de acordo com isso.
Então,
há um Projeto de Lei que está na Ordem do Dia e que em breve iremos aqui
discutir e votar, que traz a obrigatoriedade de que as comunidades sejam
consultadas, na sua essência, para podermos denominar as ruas.
O
segundo Projeto ao qual quero fazer referência é o Projeto do Ver. Raul
Carrion, que está em 1ª Sessão hoje, que traz a adequação, no Município de
Porto Alegre, do Estatuto da Cidade, no que diz respeito a regulamentar as
áreas urbanas de ocupação prioritária. O que significa isso, Ver. Carrion?
Assim,
já trago um elogio ao Projeto de V. Exª, que é a velha discussão dos vazios
urbanos que nós temos em todas as cidades brasileiras, e Porto Alegre não é
diferente.
Este
Projeto cumpre dois papéis fundamentais na consolidação e na construção de uma
política de desenvolvimento para uma cidade, nesse caso, para nossa querida
Porto Alegre. Primeiro, ele traz a regulamentação do Estatuto da Cidade, Lei
Federal que foi aprovada em junho de 2001, e que até o momento não está
regulamentada no Município de Porto Alegre, o que traz algumas dificuldades
para que possamos consolidar as políticas que estão sendo desenvolvidas pelo
Ministério das Cidades no que diz respeito à sua aplicação na essência. Então,
primeiro esta questão. Segundo, quanto às áreas urbanas de ocupação
prioritária, nós não podemos apostar numa cidade - Ver. João Dib, ouvi sua
intervenção aqui - que cresça infinitamente, ou seja, que se espraie para todos
os cantos, sem ter infra-estrutura. Nós temos de concentrar a ocupação urbana
onde há infra-estrutura, que é feita com dinheiro público, de todos.
O Sr. Raul Carrion: V. Exª permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Rapidamente, agradeço por sua intervenção, V. Exª é um especialista
também nessa área de urbanismo, contaremos com o apoio de V. Exª
Quero
chamar a atenção de que no art. 1º, no seu parágrafo único, é colocada uma
questão sobre a qual V. Exª tem um Projeto, me parece, já na Ordem do Dia, que
é a questão da proteção do direito à moradia da população de baixa renda e das
populações tradicionais, tais como indígenas e quilombolas.
O SR. CARLOS COMASSETTO: Já que V. Exª citou nossos Projetos, eu
queria aqui, Sr. Presidente, concluindo, dizer que nós, na primeira hora útil
do nosso mandato, ou seja, dia 3 de março de 2005, às 8h57min, protocolamos um
Projeto de Lei também regulamentando o Estatuto da Cidade, Ver. João Dib, no
que trata de todas as áreas urbanas de propriedade do Município que estão
ocupadas há 10, 20, 30 anos, para também adequar ao Estatuto da Cidade. Agora,
eu fico desapontado quando consulto diariamente, vou atrás do nosso Projeto, e
ele não passou pela CCJ, ainda. Então, coloco isso para os colegas aqui e para
o Presidente da CCJ, porque estamos em desacordo com a forma como está
tramitando este Projeto em especial; pedimos um olhar igualitário, técnico e
imparcial para a condução de um Projeto como esse, que certamente também vai
beneficiar milhares e milhares de pessoas na cidade de Porto Alegre. Muito
obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Apregoamos as Emendas nº 02 e 03, ambas
ao PLCE nº 004/05, de autoria do Ver. Carlos Todeschini.
O
Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir a Pauta.
O SR. ADELI SELL: Sr. Presidente, colegas Vereadoras e
colegas Vereadores, nós temos alguns Projetos em discussão de Pauta hoje que
merecem algumas reflexões.
Certa
feita, eu iniciei um debate com o Ver. Claudio Sebenelo sobre o seu Projeto de
Lei - é um Projeto de Resolução, na verdade -, que trata do Prêmio Mário Rigatto,
que se daria mediante proposição de um Vereador com recomendações anexas do
CRM, da Amrigs e do Simers.
Eu
inicialmente achei que pudesse ser uma idéia interessante, porque eu já vi aqui
alguns Prêmios que são, no mínimo, passíveis de questionamento. Mas eu também
me pergunto se nós não estaremos nos submetendo a um crivo por demais rigoroso,
fora da Casa, quando instituições dão essa recomendação. E o nosso papel?
Porque
posso fazer o raciocínio, como foi feito outra vez aqui, quando se dizia que os
Vereadores não tinham posição, não tinham opinião, porque tudo era decidido no
Orçamento Participativo. Então, eu me pergunto: que papel de decisão nós temos
se precisamos ter o aval de três entidades?
O Sr. Claudio Sebenelo: V. Exª permite um aparte? (Assentimento
do orador.) V. Exª tem toda a razão. Eu também me pergunto isso, porém existem
alguns motivos voltados para a imparcialidade, especialmente, para extinguir do
Projeto o seu próprio abastardamento. Numa classe em que há um número muito
grande de profissionais, as entidades de classe têm todas as condições de
opinar com muita mais isenção e com muito mais critério em relação ao mérito
das pessoas, e não com o critério da amizade, da simpatia, ou da eventual
admiração por um tratamento, ou por uma relação de médico e paciente.
O SR. ADELI SELL: Vereador, eu estou buscando um diálogo,
evidentemente. Agora, eu também sou sabedor do quanto é pesado o corporativismo
em todas as profissões, seja na sua, seja na minha. A minha, como professor, V.
Exª sabe muito bem como é corporativista; e a sua, como médico, sabe também.
O Sr. Claudio Sebenelo: Por isso é que ela foi diluída em cinco
conselheiros de entidades diferentes.
O SR. ADELI SELL: Eu, por exemplo, penso que isenção
absoluta não existe. Por isso é que eu acho que, muitas vezes, aqui na Câmara,
há sempre uma tentativa de consensualizar coisas que são completamente
impossíveis de serem consensualizadas, porque há o contraditório; é necessário
ter o contraditório, faz parte da democracia. É muito mais um questionamento,
uma tentativa de diálogo com V. Exª sobre este Projeto, do que necessariamente
uma oposição já de cara, radical, que não aceita seja o que for.
Mas
nós estamos abrindo a 1ª Sessão, tenho certeza de que teremos outras tantas, na
verdade, para discutir este Projeto.
Então,
eu agradeço pela gentileza de dialogar com as minhas preocupações.
Também
tentarei dialogar com o Ver. Elias Vidal, porque há alguns dias, na nossa
Comissão, apreciamos um Projeto do Vereador, que tem uma certa sintonia com um
determinado tipo de postura sobre a questão da isenção do pagamento de taxa de
inscrição nos concursos promovidos por órgãos públicos do Município para
pessoas que estão desempregadas. Evidentemente que isso aí tem um apelo popular
muito forte. Muito forte.
Agora,
é o seguinte: com relação a todos os concursos públicos que são feitos hoje, ou
nós começamos a questionar que eles devam ser feitos por uma estrutura interna
da Prefeitura e não terceirizados para uma fundação, ou nós teremos custos; e
esses custos terão de ser pagos pelas pessoas que se inscreverem. Então, aqui
nós temos um primeiro debate.
Eu
acho que se o problema for as taxas, como me parece ser em alguns casos, com
relação aos concursos que são realizados e que têm taxas altíssimas, por que
não se discute? Nós temos uma elite dentro do funcionalismo público, ou não
temos? Nós temos pessoas altamente capacitadas em várias Secretarias. Eu, por
exemplo, vou começar a pensar se não farei uma Emenda ou um Substitutivo para
propor que o concurso seja feito por funcionários, servidores públicos, que já
são pagos pela Prefeitura, e não terceirizados. Assim, a gente não tem o custo.
Porque o custo de um concurso, hoje, é muito alto. Vou continuar o debate,
portanto. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): A Verª Maristela Maffei está com a
palavra para discutir a Pauta.
A SRA. MARISTELA MAFFEI: Sr. Presidente, Sras
Vereadoras, Srs. Vereadores, quero cumprimentar aqui algumas lideranças lá da
Lomba do Pinheiro, como a Dona Maria, que é uma incansável pessoa voltada para
as comunidades da Nova São Carlos, junto à Igreja Católica e às associações de
moradores. Seja sempre bem-vinda, Dona Maria.
Quero
iniciar a minha fala aqui com a finalização da fala do Ver. Adeli Sell, sem
entrar no mérito em relação à elaboração do Projeto do Ver. Elias Vidal, mas
quero parabenizá-lo, porque acaba trazendo a este Plenário a possibilidade de
uma discussão maior sobre os problemas que nós enfrentamos.
Nós
sempre temos um olhar para a sociedade sobre a questão pública, em especial
sobre os concursos públicos, para que tenhamos todos o maior zelo possível. Em
concurso público nós não podemos aceitar, de forma alguma, “jeitinho”. E com a
questão da terceirização, além de onerar por demais o Erário, também nos traz
um questionamento muito preciso sobre a própria eficácia da aplicação do
concurso público, que nos é tão caro. E nós queremos também, com isso, trazer
esta discussão, até mesmo para termos cada vez mais politizado todo um aparato
de responsabilidade em relação aos concursos vindouros. As pessoas têm de
passar por competência, têm de ter a responsabilidade com o serviço
qualificado, o que sempre a Prefeitura Municipal, através do seu quadro
funcional, estabeleceu na sua relação com a sociedade que está servindo.
Outro
Projeto que é caríssimo para todos nós é o de autoria do Ver. Raul Carrion,
sobre o qual já discutimos, e que, infelizmente, nos últimos quatro anos do
nosso Governo, não foi colocado em execução, apesar de estarmos envolvidos na
articulação nacional para a construção do Estatuto da Cidade.O que queremos
agora é, sem dúvida, colocá-lo em prática no sentido de regulamentá-lo.
Exemplifico
com o fato que poderia não ter ocorrido e que consideramos um agravo, que foi a
questão do Quilombo do Silva, quando tivemos de recorrer às várias instâncias
do Judiciário para garantirmos a permanência desse Quilombo numa área nobre da
nossa Cidade, porque, na verdade, ainda por falta de regulamento e cumprimento
da função social da propriedade, acabou por nos deixar deveras preocupados.
O Sr. Raul Carrion: V. Exª permite um aparte? (Assentimento
da oradora.) Agradeço a fala de V. Exª, que é uma especialista nas questões
urbanísticas e que já presidiu a CUTHAB. Quero dizer que o que há de novo na
Constituição de 1988 com relação à questão urbana são os arts. 182 e 183. Ali
há quatro instrumentos fabulosos: a edificação compulsória, o parcelamento
compulsório, o IPTU progressivo no tempo e a desapropriação com títulos da dívida
pública.
Infelizmente,
não é só em Porto Alegre, é praticamente em todo o País que o Estatuto ainda
não foi aplicado, porque precisa de um regramento em cada cidade, em cada
Município. É neste sentido o nosso esforço.
A SRA. MARISTELA MAFFEI: Há uma tese, com a qual concordo
plenamente, de olhar o IPTU progressivo não com um olhar tributário.
O Sr. Raul Carrion: Exato, alguns viram, e isso foi muito
importante.
A SRA. MARISTELA MAFFEI: E fomos derrotados, inclusive, por
várias vezes nesta Casa, e, infelizmente, ...
O Sr. Raul Carrion: Muitos vêem o IPTU progressivo no tempo
como um instrumento tributário, quando ele é de indução ao desenvolvimento
urbano da nossa Cidade.
A SRA. MARISTELA MAFFEI: Encerro, dizendo que somos parceiros,
juntamente com a Bancada de V. Exª, no sentido da aprovação deste Projeto
meritório para toda a Cidade. Obrigada.
(Não
revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Márcio Bins Ely está com a
palavra para discutir a Pauta.
O SR. MÁRCIO BINS ELY: Ver. Elói Guimarães, Presidente, na
pessoa de V. Exª quero cumprimentar as demais Vereadoras e Vereadores desta
Casa.
Eu
venho a esta tribuna, hoje, Sr. Presidente, para falar a respeito do Projeto de
Resolução nº 130/05, de sua autoria, que altera a Resolução nº 1.178, de 16 de
julho de 1992, e alterações posteriores, acrescentando ao inciso III, do artigo
216 a expressão “ou pilcha gaúcha”.
Nós estamos no mês de setembro, mês
farroupilha, e eu acredito que esta Casa fez inúmeras atividades, onde se pôde
registrar tão importante momento da vida da sociedade gaúcha, em especial da
sociedade porto-alegrense.
Nós
estivemos participando, Vereador-Presidente, de uma Sessão no Acampamento
Farroupilha, e eu acho muito importante que nós possamos trazer de volta esta
que era uma prerrogativa legal: a de equiparar a pilcha gaúcha ao traje passeio
completo. Eu acho que o povo que sabe de onde veio sabe para onde vai.
Essa
semana que passou foi marcada, inclusive, nesta Casa, com o registro de uma
Bancada tradicionalista, Bancada que participou das Sessões e esteve presente a
caráter. Está aqui o meu colega de DTG - o DTG Mala de Garupa - , Ver.
Bernardino Vendruscolo; na nossa Bancada, tivemos a participação da Verª Neuza
Canabarro e do Ver. Ervino Besson.
Eu
acho importante que a gente sempre mantenha esse fogo aceso, essa chama viva,
porque sabemos que os DTGs e os CTGs estão espalhados, não só pelo nosso
Brasil, mas pelo mundo todo, e a tradição do nosso povo, sempre que possível,
deve ser relembrada. Com muita honra, lhe concedo um aparte, Ver. Sebenelo.
O Sr. Claudio Sebenelo: V. Exª permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Meus parabéns pelo brilhante pronunciamento. (Lê.): “Sou o sono do
cusco amigo,/Dormindo sobre o borralho./Sou vozerio do trabalho,/Na guerra ou
na paz -sou perigo./Sou enfim o sabiá que canta,/Alegre, embora sozinho./Sou
gemido do moinho,/Num tom triste que encanta./ Sou pó que se levanta. / Sou
raiz, sou sangue, sou verso. / Sou maior que a história grega./ Eu sou Gaúcho,
e me chega/ Pra ser feliz no universo”. É isso aí, a nossa pilcha representa
exatamente isto aqui. Meus parabéns.
O SR. MÁRCIO BINS ELY: Muito obrigado, Vereador.
O Sr. Bernardino Vendruscolo: V. Exª permite um aparte? Depois disso, Vereador, resta-me
muito pouco a dizer, mas quero me somar àquilo que V. Exª está dizendo e
cumprimentar o Presidente desta Casa, Ver. Elói Guimarães, pela iniciativa. Eu
acho que é por aí. Nós iniciamos o ano muito bem, trabalhando pelo nosso
tradicionalismo. Cumprimento o nobre colega, porque também é imbuído desta
bandeira, e faz parte do nosso DTG. Muito obrigado.
O SR. MÁRCIO BINS ELY: Muito obrigado pelas palavras, Vers. Bernardino e Sebenelo.
Ver.
Bernardino, que é nosso colega do Movimento Tradicionalista Gaúcho, acho
oportuno, sim, e faço este registro neste momento em que se discute a Pauta, o
Projeto está na 1ª Sessão. Sei também que outros Vereadores desta Casa tomaram
a iniciativa de fazer projetos de lei que incentivem e que dêem visibilidade ao
Movimento Tradicionalista Gaúcho. Os meus cumprimentos e o meu registro. Muito
obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Está encerrado o período de Pauta. O Ver. Márcio Bins Ely
está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. MÁRCIO BINS ELY: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães, na pessoa de V. Exª
quero cumprimentar as demais Vereadoras e Vereadores desta Casa.
Falo
em tempo de Liderança do meu Partido, o PDT, por uma solicitação do nosso
Líder, Ver. Dr. Goulart, e faço menção aqui aos demais componentes da nossa
Bancada - Verª Neuza Canabarro e Vers. Nereu D’Avila, Ervino Besson e Mario
Fraga -, para trazer à luz, à discussão, e também para registrar os nossos
efusivos cumprimentos à iniciativa do nosso corajoso e combatente companheiro,
Deputado Vieira da Cunha que, após uma conversa junto à nossa Executiva
Regional, tomou a iniciativa, ontem, de iniciar o recolhimento de assinaturas
para o Requerimento de instalação de uma CPI a fim de investigar a suposta
conexão do chamado “valerioduto” com
as atividades do Partido dos Trabalhadores, no Rio Grande do Sul.
Cumprimentos
ao Deputado Vieira da Cunha, que já fez um brilhante trabalho no sentido de
apurar as irregularidades através da CPI da Segurança Pública.
Eu
acho que, inicialmente, devemos, obviamente, ter todo o respeito para com a
Bancada petista, partindo do pressuposto da sua inocência. Nós apenas queremos
endossar, aqui, a iniciativa do Deputado Vieira da Cunha, que quer colher
fatos, quer trabalhar em cima de fatos para, então, se for o caso, encaminhar
os responsáveis ao seu devido julgamento, de condenação ou não.
O
Deputado Vieira da Cunha precisa de 19 assinaturas, e, pelo que sabemos, já
estão confirmadas 21 assinaturas.
Os
pontos a serem analisados pela CPI seriam: o pagamento pelo Marcos Valério dos
honorários de Aristides Junqueira, para defender o ex-Governador Olívio Dutra
em processos na Justiça; a utilização de recursos do “valerioduto” para
pagar despesas da campanha de Tarso Genro e Miguel Rossetto para o Governo do
Estado em 2002; e o pagamento do showmissio
Zezé de Camargo e Luciano, com a
participação de Duda Mendonça na campanha de Raul Pont e Maria do Rosário à
Prefeitura de Porto Alegre.
Acho que o Dep. Vieira da Cunha já demonstrou
a sua coragem, a sua retidão, a sua conduta firme no sentido de apurar os fatos
e trazer a verdade à tona. Nós não podemos simplesmente virar a página e
esquecer todo aquele envolvimento que gira na casa de 1 milhão e 200 mil reais,
que foi apontado como recebido pelo PT do Rio Grande do Sul. Acho oportuno,
sim, que se abra uma Comissão Parlamentar de Inquérito para se avaliar estes
fatos e que, se comprovadas as denúncias, os responsáveis sejam devidamente
condenados.
Agradeço
o tempo de Liderança, e registro, aqui, os nossos cumprimentos pela coragem ao
Deputado, que quer trazer à tona pura e simplesmente a verdade para que o povo
gaúcho saiba realmente o que está por trás dessas grandes conexões, e para que,
de uma maneira clara, se possa trazer à luz da verdade o que realmente está acontecendo,
e qual o real envolvimento do Partido dos Trabalhadores com todas essas
denúncias que aparecem na mídia nacional e local e que vêm causando um grande
prejuízo para a Nação brasileira. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. CARLOS COMASSETTO (Requerimento): Sr. Presidente, solicito que seja
distribuído a todos os Vereadores desta Casa o resultado oficial jurídico da
CPI de Segurança Pública do Estado do Rio Grande do Sul, que inocentou o
ex-Governador Olívio Dutra e todo o Governo do Estado do Rio Grande do Sul, na
dita CPI comandada pelo Deputado Vieira da Cunha.
Sr.
Presidente, quero registrar, também, que o meu nome não consta no painel
eletrônico; não sei qual o problema, mas peço que seja corrigido. Muito
obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Está corrigido, Vereador. Quanto ao
Requerimento, vamos ver das possibilidades técnicas e se os dados estão
disponíveis.
A
Verª Maristela Maffei está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
A SRA. MARISTELA MAFFEI: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras
Vereadoras, se isso não for possível regimentalmente nesta Casa, nós vamos
buscar nos órgãos judiciários o que já está julgado e comprovado pela sociedade
gaúcha: o quanto vale uma farsa eleitoral aos farsantes. Aliás, cada farsa e
cada palavra terá, com certeza, em algum momento, nesta Casa, Ver. Dr. Goulart,
a resposta necessária para os pleitos de muitos que vêm aqui discutir conosco
pretensões de determinados acordos. E nós, com certeza, não esqueceremos do que
está sendo colocado aqui em prática.
Nós
sabemos que o Exmo. Deputado Vieira da Cunha é um expert em forjar situações, como foi o caso de a imprensa ter
divulgado, por diversas vezes e sistematicamente, uma postura assumida
inclusive por S. Exª, e depois, a mesma imprensa publicou deste tamanhinho (Faz
gesto.), dizendo que nem Diógenes, nem Olívio, absolutamente ninguém do Partido
dos Trabalhadores tinha qualquer envolvimento, e que nada ali foi comprovado.
Essa prática cafajeste, mentirosa, nós já conhecemos; essa prática ordinária de
ódio, de destruição nós já conhecemos; essa prática, quando ao lado da boca
corre uma espuma de ódio, Ver. Claudio Sebenelo, nós já conhecemos.
A
Líder da situação está-se manifestando de uma forma deselegante, mas não tem
problema, estamos acostumados, nesta Casa, e sabemos também o quanto algumas
pessoas são deselegantes, inclusive entre os seus, mesmo, quando querem; isto
faz parte das suas personalidades.
Agora,
nós gostaríamos, Ver. Márcio Bins Ely, que a própria Assembléia Legislativa ajudasse
a fazer uma CPI, por exemplo, no DCE da PUC, com o mesmo rigor, porque lá, sim,
tinha muito dinheiro incluído publicamente, e o senhor sabe do que estamos
falando, da vergonha, da rapinagem que lá aconteceu.
A
Assembléia Legislativa deveria ter agora um caráter, um viés com a sociedade
para fazer uma CPI sobre a vergonha em que está o desmando da Segurança Pública
no Estado do Rio Grande do Sul, onde vemos, a cada dia, os nossos filhos
tombando, morrendo por um viés ideológico de tolerância zero, quando muitos
membros, infelizmente, de algumas organizações, matam e depois perguntam se são
marginais. Ou sobre o descomando, o desmando, o desmantelamento que o próprio
Ouvidor do Estado relatou, em duas páginas centrais do jornal Zero Hora, sobre
a atual situação.
E
o mesmo Deputado tem a cara-de-pau de brincar com as vidas humanas do mesmo
jeito, Ver. Dib, com a mesma postura; não ter caráter, hombridade política de
tomar a mesma atitude! Isso é lamentável, e nós sabemos por quê! Nós sabemos
exatamente como se organizaram as CPIs do passado e como essa também vai ser
organizada.
Portanto,
quem perde com isso é a sociedade gaúcha, porque são os nossos filhos que estão
sendo assassinados na rua, com a drogadição cada vez mais forte. E o Governo do
Estado está lavando as mãos, sem nenhuma responsabilidade política, nenhuma
honradez com a sociedade gaúcha, infelizmente!
Nós
também saberemos, com certeza, Verª Manuela, cobrar na hora certa essa forma de
política e, com certeza, será numa reeleição, novamente, da Frente Popular,
voltando para cá, repondo com a sociedade gaúcha as considerações e a forma que
tem se estabelecido, com uma política pública e uma política séria neste
Estado, e não da forma que está sendo traduzida neste momento. Eu acho que, com
isso, a sociedade gaúcha está de luto. E nós não vamos esquecer disso. Muito
obrigada.
(Não
revisado pela oradora.)
O SR. MARIO FRAGA (Requerimento): Nós gostaríamos de obter a cópia do
pronunciamento da Vereadora-Líder, que, tenho certeza, vai autorizar a entrega
das notas taquigráficas do que ela falou, inclusive dizendo que nós, aqui da
Câmara, estamos mandando também para analisar o contrato do BMG com a
Prefeitura de Porto Alegre.
O SR. DR. GOULART (Requerimento): Excelência, na condição de Líder do PDT,
eu gostaria que a Líder do PT retirasse do seu texto a palavra ofensiva
referente ao ex-Presidente da Assembléia, Deputado Vieira da Cunha. Eu gostaria
que retirasse isso. Quanto ao mérito, aqui se é livre para se falar o que se
quiser, mas o termo utilizado é muito forte para um Deputado tão combativo como
Vieira da Cunha.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): V. Exª faz um Requerimento, e não sei
qual é a posição da Vereadora a este respeito, quanto à expressão. Eu vou
examinar o assunto e, se for o caso, vou mandar riscar a expressão. Eu vou
examinar, vou pedir que me tragam os Anais e, se for o caso, a Presidência
manda riscar dos Anais a expressão.
(Obs.:
A retirada do texto da palavra ofensiva utilizada pela Verª Maristela Maffei em
relação ao Deputado Vieira da Cunha foi deferida pelo Sr. Presidente na 83ª
Sessão Ordinária, do dia 3-10-05. )
O
Ver. Luiz Braz está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente Ver. Elói Guimarães, Srs.
Vereadores e Sras. Vereadoras, senhoras e senhores, estive ouvindo os
pronunciamentos que foram feitos aqui neste plenário e gostaria de me
posicionar com relação ao fato, meu amigo Dr. Goulart.
Todos
nós sabemos que, dentre as declarações das diversas CPIs instaladas lá em
Brasília, uma delas se referiu a recursos que vieram para o Rio Grande do Sul,
mais de um 1 milhão de reais em recursos que vieram aqui para o Rio Grande do
Sul. Desses recursos que vieram, até agora, nós todos da sociedade gaúcha, e
nós, aqui de Porto Alegre, não tivemos o detalhamento de como foram gastos.
Então, sem querer partidarizar o assunto, ou sem querer tomar partido a essa
altura dos acontecimentos, eu acredito que tanto para o PT como também para
todos os outros Partidos, é excelente que se abra uma investigação para se
saber a fundo qual foi a destinação desse um milhão e duzentos mil reais que
disseram ter vindo aqui para o Rio Grande do Sul, Ver. João Dib. Eu acho que
nós temos de saber. Eu acho que existe uma explicação, e essa explicação pode
ser conseguida, quem sabe, por intermédio de uma Comissão de Inquérito.
Há
muitas Comissões de Inquérito das quais não sou parceiro para que sejam
abertas; são Comissões de Inquérito, às vezes, apenas para fazerem com que o
outro lado fique numa situação mais difícil. Essa Comissão de Inquérito que foi
pedida, lá na Assembléia Legislativa, pelo Dep. Vieira da Cunha tem uma razão
de ser, e eu acho que todos os Parlamentares deveriam estar apoiando a sua
criação, porque, se ela for bem trabalhada, se ela for bem tratada, se ela não
for conduzida apenas com o intuito de atacar esse ou aquele Partido, essa ou
aquela pessoa, se ela tiver realmente esse condão de querer descobrir para onde
foram esses recursos, eu acho que essa Comissão de Inquérito poderá ajudar bastante
todos nós do Rio Grande do Sul, assim como esse trabalho que está sendo feito
em nível nacional, para tentar moralizar o campo político.
Aliás, por falar em moralizar o campo
político, todos nós ficamos esperando que aquelas indicações que foram feitas para
que Deputados fossem submetidos à Comissão de Ética e também a possíveis
processos de cassação, lá no Congresso Nacional, pudessem realmente acontecer o
mais breve possível, Sr. Presidente, porque, enquanto não ocorrerem essas
discussões sobre esses Deputados que podem ser cassados, que seriam em número
de 18 - há gente que diz que pode ser até mais -, enquanto nós não chegarmos ao
final dessas discussões, eu acho que não se pode falar que o processo político
está pronto para seguir avante, para poder discutir as outras questões
nacionais, tão importantes para que nós possamos chegar a um ponto em que nós
teremos uma sociedade melhor. E que essa representação que está lá em Brasília
possa trabalhar para nós conseguirmos essa sociedade melhor.
Então,
nós estamos esperando que os nossos Deputados, que estão lá, hoje, escolhendo o
Presidente da Câmara, possam chegar, o mais rapidamente possível, a uma
conclusão nesse processo de cassação, e, quem sabe, nós, aqui, no Rio Grande do
Sul, também possamos averiguar, o mais rápido e honestamente possível, o
destino daquele dinheiro que também foi enviado aqui para o Rio Grande Sul,
cujo valor estaria em torno de 1 milhão e 50 mil reais.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Sebastião Melo está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR. SEBASTIÃO MELO: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães,
colegas Vereadoras e Vereadores, acabo, Presidente, de chegar de novo do
Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul, onde está em prosseguimento
o julgamento das ações, Ver. Dib, envolvendo os contratos de recolhimento de
lixo do DMLU.
Na
semana passada, o Conselheiro João Luiz Vargas havia proferido o seu Relatório
e voto favoráveis à nossa tese de devolução de 1 milhão e 853 mil reais ao
cofres municipais. Hoje, foi pedido vista pelo Conselheiro Mileski; ele trouxe
o seu voto contrário ao do Relator, e votou um terceiro Conselheiro, o Dr.
Santolim, que seguiu a mesma esteira do Conselheiro João Luiz Vargas. Agora, o
Conselheiro Porfírio, dizendo que a confusão era muito grande, porque o
Conselheiro Santolim fez um voto parcial procedente, pediu vista ao processo.
Então, de novo está em vista o processo, e, na próxima semana, talvez, se outro
Conselheiro não pedir vista, será o julgamento final da denúncia envolvendo o
DMLU.
Eu cheguei no final da
manifestação da Verª Maristela, e quero, primeiro, cumprimentar o Deputado
Vieira da Cunha, porque eu acho que ele dá oportunidade... Começando, Ver.
Ervino, pelo Presidente do PT, Sr. Davi Estival, que disse que cortaria a sua
cabeça se provado ficasse que algum recurso do “valerioduto” tivesse respingado
para baixo do Mampituba. Pois provado está, porque há uma confissão,
não-fictícia, mas há uma confissão do próprio Presidente, dizendo que 1 milhão
e 50 mil ele reconhece. Eu fiquei aguardando por todo esse período para ver se
a decapitação seria pública ou em local fechado, o que não aconteceu até agora.
Eu acho que vai ser a
grande oportunidade de o Partido dos Trabalhadores poder dizer: “Não,
realmente, o dinheiro veio, é caixa-dois, nós pagamos isso, pagamos aquilo.”,
porque também há uma desconfiança de que o dinheiro não foi para pagar só
gráfica, que o dinheiro ficou no caminho.
Então, eu acho - sem vindita, sem vindita! -, eu acho que é bom,
acho que dá para entrar nesse debate.
Eu queria dizer que eu
reconheço, eu acho que o Deputado Vieira da Cunha é um grande Deputado,
extraordinário; tem os seus defeitos, como todos nós temos, mas é um sujeito
sério, correto, um bom Deputado.
Mas
eu quero falar aqui, mesmo, é do que neste momento está-se processando na
Câmara dos Deputados. Eu imaginava, Ver. Márcio Bins Ely, que a sucessão do
Severino Cavalcanti seria um momento de uma recuperação da imagem do
Legislativo, do seu reencontro com o povo do Brasil. E olha, se a velha Arena
fazia o toma-lá-dá-cá - e o Fernando Henrique foi especialista nisso -, eu acho
que a turma do PT foi fazer pós-graduação sobre essa operação toma-lá-dá-cá.
Vejam o seguinte: é liberação de Emendas do Orçamento, é troca de cargos, é
Ministério. O Sr. Waldemar Costa Neto, no corredor do Congresso Nacional, de
cabo eleitoral do Sr. Aldo Rebelo,
Verª Manuela. O Sr. Sandro Mabel, que está com a corda no pescoço, de cabo
eleitoral, e tinha até uma camisetinha do Aldo Rebelo. Cá para nós!
Eu
acho o Aldo um sujeito decente, Verª Manuela, acho que ele é um sujeito
correto, decente, mas ele não é o sujeito para presidir a Casa neste momento,
porque ele esteve lado a lado do capitão do time, daquele que levou esse barco
a essa situação, que é o Governo do Lula, que é o Sr. José Dirceu. Não pode
quem foi Ministro da Articulação Política coordenar um processo que precisa ter
esse Brasil, de passar a limpo, começando pelas grandes lideranças da
República, os grandes homens da República.
Errou
novamente o Sr. Presidente da República em se imiscuir no processo legislativo.
Deveria escolher, neste momento, de preferência consensualmente,
independentemente de Partido. Acho que não é hora de Partido disputar
presidência da Câmara. Nós precisamos salvar essa instituição, porque
democracia só se faz com mais democracia. E só a democracia é capaz de extirpar
as suas próprias doenças. Mas um Parlamento fraco, ajoelhado, significa ser uma
sucursal, e o que o Presidente Lula quer fazer é com que a Câmara Federal seja
uma sucursal do Poder Executivo. Isso está errado, isso é equivocado, isso não
está certo! É triste e lamentável ver o Partido que foi o paladino da ética
transformar-se em escravo e cúmplice da corrupção em tão pouco tempo.
Por
isso, Sr. Presidente, fica o nosso registro, e, mais uma vez, gostaria de dizer
que nós achamos que o companheiro Vieira dará uma grande oportunidade ao PT do
Rio Grande - que é sério, que tem gente boa - de mostrar de onde veio e para
aonde foi esse recurso. E que o Sr. David Stival cumpra a sua promessa que fez
nas emissoras de televisão. Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. MARIO FRAGA (Requerimento):
Vereador-Presidente, sobre o meu pedido de ter as notas taquigráficas da
Vereadora-Líder do PT, na íntegra, quando eu posso ter a resposta?
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Elas já estão disponibilizadas
publicamente, mas podemos atender ao pedido.
O SR. MARIO FRAGA (Requerimento): Eu gostaria, Sr. Presidente. Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães):Está bem.
O
Ver. João Antonio Dib está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Sras
Vereadoras, Srs. Vereadores, eu vou ficar em Porto Alegre, mesmo. Tenho uma
séria preocupação - e acho que não só eu, os 35 Vereadores devem ter a mesma
preocupação, apenas não se manifestam: esta Cidade está ficando muito suja nas
paredes dos seus imóveis, porque parece que ninguém consegue alcançar os
responsáveis.
Há
pouco tempo fiz um comentário no jornal sobre grafiteiros e pichadores. Um
grafiteiro, muito mal-humorado, disse que eu estava confundindo os dois; ele
disse que faziam com autorização. Pedi que ele mostrasse a autorização de quem
fez a pichação ou grafitagem do monumento ao Prefeito José Loureiro da Silva,
que o Prefeito de Porto Alegre, José Fogaça, prometeu que este ano troca de
posição e passa aqui para a frente da Câmara Municipal, onde poderemos cuidar.
Mas
é uma barbaridade o que está acontecendo na Cidade. Não é possível que isso
continue. Nós vimos, recentemente, o monumento à Bento Gonçalves: passaram
quatro dias limpando, uma dezena ou mais de homens, e, em menos de 48 horas,
ele estava de novo pichado. É um desrespeito!
Eu
não entendo, não vou entender nunca, por que ninguém foi preso até hoje, a não
ser uma vez, aqui na Câmara, quando pegaram um rapaz que fez uma pichação ali
na frente, e ele teve de limpar. Mas, de resto, a Cidade inteira está sendo
pichada!
A
Verª Margarete quer fazer tapumes para que se façam desenhos, mostrem a arte, e
eu acho que não vai conseguir, porque quando colocar o tapume já vai encher de
propaganda, já vai encher de grafiteiros e pichadores. Não sei, de repente eu
não consiga mesmo diferenciar um do outro, até porque eles não conseguem! Mas
eu não consigo entender como é que a polícia ainda não prendeu meia dúzia de
pichadores!
Hoje, mesmo, eu passava na
Av. Cristóvão Colombo, olhei um prédio, até achei que era uma vitrine toda
pintada e pensei: “O que será que estão anunciando ali?” Quando eu olhei na
frente do prédio, vi que a sua parte térrea estava pichada, e o resto era a
mesma coisa.
Então, o que nós
precisamos é que a população - todo mundo tem celular! -, quando vir um
indivíduo desses sujando a Cidade, cometendo um crime contra a propriedade
pública ou privada, tem que chamar a Polícia. Alguém tem que ser preso, e,
quando prenderem meia dúzia de pessoas, não vai mais acontecer com a freqüência
que está acontecendo.
Em
alguns prédios, o indivíduo tem que levar a escada ou tem que fazer qualquer
coisa de “homem-aranha” para poder chegar naquele 2º ou 3º pavimento e pichar,
e ninguém vê, ninguém pode chamar a Polícia?!
Eu
lembro de que, quando fui Prefeito, nós fizemos a recuperação do Paço dos
Açorianos, e, no outro dia de manhã, em toda extensão da Av. Borges de
Medeiros, estava escrito o nome do Toniolo. Bom, aí era fácil de identificar,
ele foi processado, condenado, mas esses outros têm que ser presos. Eu sei que
eles são hábeis!
O
mesmo Toniolo uma vez marcou dia e hora para pichar o Palácio Piratini - às 17h
de um determinado dia, ele iria pichar o Palácio Piratini. Claro que a Brigada
Militar estava lá na frente, e às 17h começou a pichar o Palácio, quando foi
preso. Mas o que ele fez? Às 16h, ele entrou na Catedral como uma pessoa muito
religiosa - o viram entrar e pouco estavam ligando. Minutos antes das 17h, ele
saiu da Catedral e pichou o Palácio Piratini.
Então,
nós precisamos, urgentemente, prender meia dúzia de pessoas, e ninguém mais vai
fazer, pelo menos com a freqüência atual.
O
Viaduto Otávio Rocha foi recuperado pela Prefeitura no ano passado, ficou uma
beleza! Dois dias depois estava todo pichado. Não há um lugar nesta Cidade sem
pichação; até a Câmara, que escapava, também tem uma pichação ali na frente.
Portanto,
fica aqui o meu apelo aos Vereadores: transmitam aos seus amigos que, se alguém
enxergar um pichador desses, chame a polícia pelo celular, chame o 190. E o 190
tem que prender alguém, porque a Cidade não pode continuar nessa sujeira
proporcionada pelos pichadores da nossa Cidade. Saúde e PAZ!
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): A Verª Manuela d'Ávila está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
Mas,
em vez de ocupar o meu tempo para poder compartilhar com os senhores e com as
senhoras, que estavam na Sessão na segunda-feira, quando esse lançamento da
Frente Brasil sem Armas se realizou, no Teatro Renascença, eu vou ter que
ocupá-lo para falar de outras questões que surgiram ao longo do uso do tempo de
Comunicação de Líder aqui no plenário no dia de hoje.
Quanto
à primeira delas, Ver. João Dib, eu me disponho a conversar com o senhor sobre
Projeto de minha autoria, que trata da questão do grafite na nossa Cidade, que
trata, portanto, também, da questão dos pichadores da nossa Cidade. Inclusive
sentei com a Secretária de Educação do nosso Município, para poder apresentar
para ela quais são as verdadeiras diferenças entre as duas coisas, e o que nós
podemos fazer com o grafite para libertar a nossa Cidade da maldição das
pichações.
O
grafite é arte, sim, Ver. João Dib! Se nós formos olhar, vários grafiteiros do
nosso País são internacionalmente reconhecidos. Recentemente, uma grande montadora
de automóveis lançou um dos seus veículos utilizando um grafiteiro de São
Paulo, do nosso País, para fazer a decoração de um hotel inteiro na Suíça. Vou
lhe trazer, inclusive, as fotos disso para que possa perceber o quanto o
grafite é arte, e como a maior parte desses grafiteiros, em algum dia das suas
vidas, já foi um pichador; entretanto, um pichador que foi envolvido por outras
pessoas para deixar de depredar aquilo que é público, aquilo que nos alegra,
aquilo que embeleza a nossa Cidade, e passou a fazer os seus desenhos de
maneira colorida, alegrando a vida da Cidade em locais permitidos.
Inclusive,
há um Projeto de minha autoria que regulamenta que se façam e se cedam espaços,
como, por exemplo, o Muro da Mauá, para que os grafiteiros façam aquilo de
maneira legítima, com o suporte da Prefeitura. Inclusive, a Trensurb, agora,
vai ter vários dos seus vagões grafitados, por uma compreensão maior do Governo
Federal.
E
aí se deve ressaltar que, se a nossa Cidade está feia assim - está pichada, não
está grafitada -, nós devemos punir, sim, esses jovens, mas devemos também
educá-los, Ver. João Dib. Nós temos propostas concretas para que isso seja
feito: nós podemos criar oficinas de grafite para esses jovens, mas nós temos
também que ensiná-los que podem fazer arte, que as latas de spray podem ser mais valiosas do que
litros de tinta a óleo utilizados de maneira não- construtiva.
Eu me disponho mais uma
vez a sentar com V. Exª, apresentar esse Projeto de minha autoria, e tenho a
plena convicção de que vou convencê-lo de que o grafite é arte, e a pichação,
sim, é uma maldição, não só na nossa Cidade, mas em todas as grandes Capitais
do mundo atual.
Eu
gostaria de comentar algumas ironias da vida que escutei. Devo dizer que
algumas me soaram como deboche na tarde de hoje. Primeiro, eu queria brindar a
todos os senhores e as senhoras com uma notícia que me alegra muito. Se olharem
o expediente de votação do dia de hoje, vão ver que, no mês de junho, fiz um
Requerimento de solidariedade a uma professora e aos estudantes de Triunfo que
estavam sendo perseguidos politicamente pelo Prefeito daquela Cidade, o
Prefeito Ezequiel, do PDT. Pois bem, esta Câmara não quis votar aquele
Requerimento, que fala sobre perseguição política aos jovens e à professora que
fizeram greve, e o prefeito Ezequiel, do PDT, foi cassado por comprar votos
naquele Município, na semana que passou. Isso prova que algumas vezes a justiça
é feita, e, embora esta Câmara não se tenha solidarizado com aqueles jovens que
estavam sendo perseguidos, a Justiça do nosso País encaminhou e cassou esse
Prefeito Ezequiel, militante e Prefeito do PDT.
Quero
também falar que não me surpreendem as manifestações sobre o Ministro Aldo
Rebelo, primeiro, por ser coerente e nunca se ter escondido, por defender aquilo
que defende; ser, sim um defensor do Governo Lula, assim como é um membro e um
dirigente do Partido Comunista do Brasil, e não me surpreende, porque cada vez
me dou mais conta de como ainda temos ranços da ditadura militar, e o
anticomunismo é gigantesco; o Deputado Bolssonaro, do PP, que o diga, que faz
Sessão Solene para homenagear militares que mataram jovens na Guerrilha do
Araguaia.
Agora,
tenho a convicção de que já há uma vitória, uma vitória objetiva dos comunistas
democratas deste País, e tenho convicção de que podemos eleger Aldo Rebelo. De
qualquer maneira, já temos e tivemos um candidato comunista à presidência da
Câmara dos Deputados deste País, em um momento tão delicado da vida política
nacional.
Quero
dizer que acho que temos que nos manifestar, sim, sobre a questão do
“valerioduto”, Ver. Márcio Bins Ely. O que me causa estranheza é que o Deputado
Vieira da Cunha tenha proposto uma CPI três meses depois de a notícia ter sido
dada. Nós sabemos que existe feeling
na política, e o feeling do Deputado
Vieira da Cunha ou está atrasado, ou existe algum interesse eleitoral por trás
desta CPI. Muito obrigada.
(Não
revisado pela oradora.)
A SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Sr. Presidente, Sras
Vereadoras, Srs. Vereadores, eu queria resgatar, aqui, algumas coisas
extremamente positivas, coisas, inclusive, em relação às quais esta Câmara teve
uma participação e uma presença, que são os atos ocorridos no nosso Município,
atividades da área social, da área cultural, são eventos importantes para as
porto-alegrenses, para os porto-alegrenses.
Eu
acompanhei, através de um grupo de mulheres que têm militância na área da
Cultura, as inúmeras atividades do Porto Alegre em Cena, que é um evento da
Prefeitura Municipal de Porto Alegre com vários parceiros, e que, neste ano,
teve um crescimento do público extremamente significativo; e eu queria destacar
esse Porto Alegre em Cena por uma característica extremamente importante, além
do crescimento do público nos inúmeros e sucessivos eventos que aconteceram na
nossa Cidade. Eu acho que, além dessa questão, que devemos comemorar, é
importante também ressaltar a qualidade dos eventos apresentados. Eu acho isso
importante de ser resgatado, porque há todo um debate sobre o acesso à cultura
e sobre a qualidade dos eventos culturais hoje, eventos esses nos quais os
Poderes Públicos têm participação.
Eu
queria dizer também que foi muito emocionante a possibilidade que tive de
participar dos atos da Semana dos Idosos. É uma experiência realmente
gratificante, porque nela se percebe essa característica marcante da cidade de
Porto Alegre, que é a capacidade que têm as suas ONGs, a sua população de
realizar parcerias com os Poderes no sentido de garantir atividades de
integração, de lazer, de recreação, assim como produzir reflexões que subsidiem
as políticas públicas do nosso Município.
Eu
não poderia deixar passar aqui uma intervenção que fez a Verª Maristela Maffei
quando ela ocupava esta tribuna: ela, de posse deste microfone - eu, naquele
momento, estava conversando com o Vice-Líder do Governo, Ver. Mario Fraga -,
denunciou desta tribuna que eu tinha “uma atitude deselegante”, como era usual.
Eu
quero dizer para a Vereadora que um dos orgulhos da minha trajetória política é
sempre fazer o embate político em cima dos temas políticos, e que eu não estava
me referindo duma forma deselegante à Vereadora. Eu apenas estava chocada e,
realmente, repeti uma série de adjetivos usados pela Vereadora, desta tribuna,
na condição de Líder de uma Bancada, em que ela chamava um Parlamentar de um
outro Poder de cafajeste, picareta e de uma série de outros adjetivos.
Realmente, eu acho que, quando uma Parlamentar ocupa uma tribuna e faz uma listagem
de adjetivos desqualificando um Parlamentar de um outro Poder, realmente é
inevitável que esse tipo de postura gere surpresas no conjunto das Vereadoras e
Vereadores aqui presentes.
Aliás,
tem gerado surpresa também o comportamento da Vereadora, que, nos programas de
rádio, aproveitando a ausência dos Vereadores, tem estabelecido, não um
diálogo, mas um monólogo, com calúnias e difamações. Acho que esse tipo de
comportamento não é o tipo de comportamento usual nesta Casa, muito menos entre
as mulheres Vereadoras, e eu acho que, se alguém deve desculpas por um
comportamento inadequado, evidentemente é quem tem esse tipo de procedimento.
(Não
revisado pela oradora.)
O SR. MARIO FRAGA: Presidente, sobre este mesmo tema, eu
queira solicitar que também a fita de vídeo da TVCâmara não fosse extraviada,
porque nós vamos precisar desse depoimento da Verª Maristela Maffei. Então,
fica o registro no sentido de que as fitas da TVCâmara permaneçam nesta Casa.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Ver. Mario Fraga, esse material é, todo
ele, guardado, não há nenhum problema.
Não
há mais inscrições para o período de Liderança.
Havendo
quórum, passamos à
A Mesa e as Lideranças
estiveram reunidas e compuseram esta relação de Projetos a serem apreciados na
seguinte ordem: Veto Parcial ao PLE nº 009/05, PLCE nº 004/05, PLCL nº 030/05,
PLL nº 175/04, PLL nº 087/05, PLL nº 114/05, PLL nº 121/05, PR nº 102/05, PR nº
123/05 e o Requerimento nº 223/05.
O SR. NEREU D'AVILA: Sr. Presidente, o Projeto que consta no
espelho como sendo de nº 09 é o de minha autoria, relativo à mudança da Lei
Complementar?
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Projeto que consta no item nº 09 é do
Executivo; o Projeto de autoria de V. Exª é o que consta no item nº 08, é o
PLCL nº 030/05.
O SR. NEREU D'AVILA (Requerimento): Está correto. Nós havíamos chegado a um
consenso com os componentes da Mesa, segunda-feira, e eu requeri que essa
matéria fosse discutida hoje; mas, tendo em vista que hoje temos os Projetos
relativos ao Veto e ao Refis para serem apreciados, eu requeiro que o de minha
autoria fique para quarta-feira que vem.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): V. Exª requer a retirada do Projeto de
sua autoria?
O SR. NEREU D'AVILA: Sim, requeiro a retirada.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Fica retirado, portanto, o PLCL nº
030/05.
O SR. MARIO FRAGA: Presidente, gostaríamos de incluir também
nessa lista, para ser apreciado por último, depois de todos esses Projetos, o
PLCL nº 024/05, de autoria da Verª Margarete Moraes, para que seja votado,
possivelmente, amanhã.
O
SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães):
Mas aqui não consta o PLCL nº 024/05.
O SR. MARIO FRAGA: Nós o estamos incluindo, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Há consenso?
O SR. MARIO FRAGA: Há consenso.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Há consenso para incluir amanhã o PLCL nº
024/05?
O
SR. MARIO FRAGA: Sim,
Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Amanhã, então, sem problemas.
O SR. MARIO FRAGA: Há que ser votado já nessa ordem.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Sim, amanhã, então.
O SR. MARIO FRAGA: Mantêm-se os de hoje e se inclui nesse
Requerimento esse Projeto...
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Incluí-lo hoje? Já está incluído,
portanto, o PLCL nº 024/05.
O SR. ALDACIR OLIBONI: Sr. Presidente, só para reforçar, a
Bancada do Partido dos Trabalhadores está concordando com a ordem estabelecida
pela Mesa, na segunda-feira, que mantêm os Projetos que não foram votados na
segunda-feira, os de quarta-feira, com a retirada do PLCL nº 030/05, do Ver.
Nereu, que acabou de ser salientado agora, e os de amanhã, sendo que, para
amanhã, esse Projeto que o Ver. Mario Fraga está sugerindo, que é um Projeto da
Verª Margarete Moraes.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Ingressará exatamente amanhã.
Está
em votação a presente ordem de apreciação dos Projetos mencionados já
devidamente consensualizada. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com
aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
N. 3525/05 – VETO PARCIAL ao PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N. 009/05, que dispõe
sobre o Plano Plurianual para o quadriênio de 2006 a 2009 e dá outras
providências.
Parecer:
- da CEFOR. Relator
Ver. Professor Garcia: pela manutenção do Veto às Emendas nos. 288 ao Projeto,
e 05 à Redação Final, e pela rejeição do Veto à Emenda n. 296, ao Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto favorável da
maioria absoluta dos membros da CMPA – art. 77, § 4º, da LOM;
- votação nominal nos termos do art. 174,
II, do Regimento da CMPA;
- incluído na Ordem do Dia em 22-09-05.
Na apreciação do Veto, vota-se o Projeto:
SIM – aprova o Projeto, rejeita o Veto;
NÃO – rejeita o Projeto, aceita o Veto.
- Trigésimo dia: 27-09-05 (terça-feira).
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Em discussão o PLE nº 009/05 com Veto
Parcial. O Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir.
O SR. ADELI SELL: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras
Vereadoras, eu tenho um questionamento a fazer sobre o Veto. É uma questão
técnica, e nós temos que decidir para que não voltem a acontecer alguns
problemas.
Sobre
Veto Parcial, a pergunta que eu faço a V. Exª, Sr. Presidente, é se eu posso
fazer um Veto de parte de um artigo. Ou seja, eu posso vetar parte de um artigo
e fazer transferências internas no Veto como foi feito? Parece-me que é um
problema legal, é um problema de constitucionalidade, é um equívoco
técnico-jurídico; então é isso que eu quero colocar, porque eu quero votar algo
que seja tranqüilo e pacífico para não haver problemas depois. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Respondo a V. Exª com os seus argumentos.
Eu entendo que não pode: este é o meu entendimento, salvo melhor juízo.
O
Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para discutir o PLE nº 009/05, com
Veto Parcial.
O SR. CARLOS TODESCHINI: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães, Srs.
Vereadores e Sras Vereadoras, público presente e assistência do
Canal 16, eu venho aqui fazer a minha manifestação contrária ao Veto Parcial
por ele ser inconstitucional. Não se pode vetar expressões, ou não se pode
vetar parcialmente Emendas ou mesmo Subemendas, porque isso cria e configura a
descaracterização do Projeto que foi aprovado. É gritante isso nos Vetos
Parciais aqui, em que recebemos as cópias carimbadas do Projeto, e, portanto, a
nossa manifestação é contrária a isso, dada a inconstitucionalidade do ato do
Veto do Executivo.
Da
mesma forma, a mensagem inicial do Sr. Prefeito, no item 3, diz que, pelo Veto
da Emenda nº 5 à Redação Final, isso também produz, na forma do Veto à Redação
Final, a descaracterização, porque veta a Subemenda, e o Projeto fica
absolutamente alterado e descaracterizado.
Portanto, temos, aqui, a
clareza de manifestar a nossa posição contrária ao Veto do Executivo por estar
infringindo normas constitucionais e estar em desacordo com a legislação.
Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O art. 77, inciso II, da Lei Orgânica,
diz que o Veto Parcial deverá abranger o texto integral de artigo, de
parágrafo, de inciso ou de alínea. Com isso, esclareço ao Ver. Adeli Sell.
A SRA. SOFIA CAVEDON (Requerimento): Sr. Presidente, requeiro que se suspendam
os trabalhos por alguns minutos, sob pena de os Vereadores votarem uma
ilegalidade, porque há problemas técnicos nos Vetos, e precisamos fazer uma
avaliação com relação à correção técnica ou não dos Vetos.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Acho, Vereadora, que a esta altura -
estamos na Ordem do Dia - não haverá avanços nesse sentido.
O SR. ADELI SELL (Questão de Ordem): Nesse Veto, além desse problema que
apontei anteriormente, o problema é que há um processo legislativo dentro do
Veto. Este é o meu questionamento. Eu não quero, aqui, não acompanhar o Veto do
Sr. Prefeito, porque eu acho que há até uma discussão, mas eu não quero cometer
nenhuma ilegalidade. Então, eu quero ter o cuidado de que esta Câmara vote
exatamente aquilo que nós podemos votar, que está dentro da nossa competência,
porque eu nunca vi, num Veto, haver um processo legislativo em contraposição ao
que já tinha sido decidido. Esta é a minha angústia, e eu preciso saber como me
orientar.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): A Lei Orgânica estabelece claramente a
matéria. A dúvida, porventura, que se possa imaginar, é o texto, não o
preceito. O preceito é absolutamente claro, diz que o Veto Parcial deverá
abranger o texto integral de artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea. A
fragmentação de dispositivo dessa ordem, evidentemente, é nula de pleno
direito.
O SR. SEBASTIÃO MELO: Sr. Presidente, tão logo o Ver. Adeli
Sell instou sobre esse tema, eu disse para a Ilse ir em busca da matéria. Eu
estou pesquisando, eu não sei se o que ele falou está correto ou não. Eu acho
que não há, aqui, uma discussão sobre o mérito - todos nós, de consenso, nos
propusemos a aceitar o Veto do Prefeito -, mas é uma questão de formalidade. Eu
queria pedir a V. Exª que, quem sabe, por cinco minutos, suspendêssemos a
Sessão para resolver isso. Nós adiantaríamos esta discussão. Esta é a minha
sugestão.
O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Sr. Presidente, só para corroborar com a
leitura da Lei Orgânica, o Regimento Interno, no art. 116, parágrafo único, diz
o seguinte: “No que diz respeito à sanção, promulgação e veto, aplique-se o
disposto no art. 77 da Lei Orgânica.” Então, reforça o que V. Exª disse.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Eu agradeço a V. Exª. Bem, a questão não
é de preceito, é de texto, então eu vou suspender, atendendo à solicitação da
Verª Sofia Cavedon, para que se faça, no espaço de tempo de cinco minutos,
efetivamente, o exame para vermos se houve fragmentação do que dispõe a Lei
Orgânica.
O SR. SEBASTIÃO MELO: Sr. Presidente, eu solicito a V. Exª que,
se for possível, chame a Procuradora da Casa para nos auxiliar nesta questão.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Defiro o seu pedido. Estão suspensos os
trabalhos.
(Suspendem-se
os trabalhos às 15h43min.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães – às 16h04min): Estão reabertos os trabalhos da presente
Sessão.
Eu
quero apregoar as Emendas de nº 04 e 05, de autoria do Ver. João Carlos Nedel,
ambas ao PLCE nº 004/05.
Em votação o Requerimento
de Destaque às Emendas nº 296, 288 e Emenda nº 05 à Redação Final ao PLE nº
009/05. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.)
APROVADO. Essas Emendas estão
destacadas a partir da deliberação.
O
Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir o PLE nº 009/05, com Veto
Parcial, por cedência de tempo da Verª Manuela d´Ávila.
O SR. ADELI SELL: Sr. Presidente, colegas Vereadores e
Vereadoras, agradeço à Verª Manuela d´Ávila pela cedência deste tempo. Nós
levantamos, na nossa rápida e primeira intervenção, um problema técnico, um
problema jurídico, não de menor importância, porque nós estamos, na verdade,
tratando do Plano Plurianual, uma peça importante, assim como é a Lei de
Diretrizes Orçamentárias, a LDO, que veio recentemente para esta Casa, e como
será importantíssima a aprovação do ponto de vista das Emendas, da discussão a
fundo da Lei Orçamentária.
Nós
vamos acompanhar o Relator - Vice-Presidente da Comissão de Economia, Finanças
e Orçamento, Ver. Professor Garcia – alertando o Governo Municipal sobre esse
problema.
Quando
chegou aqui o Plano Plurianual, eu fui o primeiro a usar esta tribuna e mostrar
os equívocos, os erros que estavam ali no Plurianual; foram enviadas duas
Mensagens Retificativas com problemas. Participei de um debate na TVCâmara com
o Ver. Paulo Odone e com o Secretário do Planejamento e Orçamento, e fiz um
conjunto de Emendas ao Plurianual, e, no entanto, não fiz nenhum recurso,
porque acho que o Governo, o Executivo tem que assumir as suas
responsabilidades quando apresenta um plano. Na LDO eu fiz questão de não fazer
nenhuma Emenda. O Plurianual nós aprovamos, a LDO tem que seguir um determinado
caminho; que o Governo cuide, evidentemente, de apresentar diretrizes que
consigam dar conta dos problemas essenciais da Cidade.
Como
eu penso que as questões do cotidiano estão contempladas, eu vou fazer a
disputa das obras da manutenção do serviço da Cidade dentro daquilo que é o
Orçamento normal. Mas o Governo tem que ter cuidados; não pode fazer como fez
aqui no Veto, fazer um processo legislativo dentro do Processo de Veto, fazendo
uma redação numa parte da Emenda. Isto é equivocado, técnica e juridicamente;
então, não pode acontecer isto.
Como
não é a primeira vez, neste ano, que as matérias que vêm do Executivo vêm
eivadas de erros, nós somos obrigados, como Vereadores, pois zelamos pela Lei
Orgânica do Município e pelo Regimento desta Casa, a fazer estas considerações.
Até porque, quando nós discutimos o Orçamento, quando nós discutimos
tributação, nós temos uma grande responsabilidade, porque eu, como Vereador de
oposição, tenho tentado, neste ano, sistematicamente, mostrar ao Governo as
possibilidades que existem de arrecadação - não só possibilidades, mas
necessidades imperiosas -, de termos um caixa em condições de manter o serviço
da Cidade, de pagar o funcionalismo e de fazer as obras que são necessárias.
Para isso nós disputamos conceitos no Plurianual, como vamos discutir na Lei de
Diretrizes Orçamentárias, e como vamos disputar em todos os momentos aqui nesta
Casa.
Portanto,
nós estamos fazendo estes registros, e vamos acompanhar o Relatório, mas com
estas preocupações.
Nós
tivemos que parar a reunião, chegar a um denominador comum, superar os
problemas técnicos, burocráticos, jurídicos, mas com o compromisso do Governo
de fazer as correções que devem ser feitas. E nós vamos estar mais atentos,
porque na LDO esses problemas não vão mais voltar a acontecer. E quando nós
votarmos a LDO e vierem vetos e houver esse mesmo equívoco, nós vamos barrar o
processo, nós vamos nos colocar contra e vamos, inclusive, recorrer a outras
instâncias, se necessário.
Portanto,
membros de base do Governo, cuidado com as formas, que não são secundárias,
porque não se pode separar forma de conteúdo. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Registramos a presença da Verª Nadine
Dubal, do PP, de São Borja.
Também
anunciamos a visita orientada do Grupo Na’Amat Pioneiras. É um grupo de 12
pessoas que nos honra com sua presença, nesta atividade que faz parte do
Projeto de Educação Política que o Memorial da Casa desenvolve junto a
entidades e escolas. Portanto, nossos cumprimentos às pessoas mencionadas.
A
Verª Sofia Cavedon está com a palavra para discutir o Veto Parcial ao PLE nº
009/05.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães, Srs.
Vereadores e Sras Vereadoras, faço aqui o registro de que
construímos um acordo político para resolver os problemas técnicos de
construção dos Vetos, priorizando os problemas de mérito das Emendas atingidas
pelos Vetos. Achamos que essa não é a melhor forma; é muito ruim para o
Legislativo resolver desse jeito. Talvez o próprio Governo tenha conseqüências
na Prestação de contas, na forma de expressar como vai distribuir os recursos e
de como fica essa Lei, se ela não ficará um monstrengo. Mas é mais complicado
permanecerem Emendas que vinculam a recursos que não podem estar vinculados,
como é o caso de recursos do Projeto Integrado Entrada da Cidade - que são
recursos destinados especificamente a esse Projeto, recursos de investimento
para fora da esfera municipal -, fica mais complicado manter este tipo de
emenda do que superar um problema técnico. Esse é o acordo que a Bancada do
Partido dos Trabalhadores, a Frente Popular fez neste momento em plenário.
Eu
quero fazer aqui alguns registros em relação ao Projeto Integrado, que seria
atingido nos seus recursos, e algumas perguntas à base do Governo e ao Governo.
Nós temos informações de que a Prefeitura está no Cadin, não está em dia com as
suas Prestações de Contas com relação aos recursos federais, e que, portanto, o
Projeto Integrado Entrada da Cidade patina; não dá para dizer que as obras
estão paralisadas, mas a dívida com a empresa que está construindo já está
imensa, e a empresa está mantendo o mínimo dos trabalhos nas obras para as
quais está contratada. Eu gostaria que o Governo se posicionasse sobre isso,
explicasse, porque esse é um problema sério para a nossa Cidade.
Quero
também cobrar aqui na tribuna que o Governo apresente a esta Casa o projeto de
implantação com as devidas licenças ambientais e outras que se fizeram
necessárias - projeto de implantação e de urbanização desta etapa do Projeto
Integrado Entrada da Cidade que se refere à Vila dos Papeleiros. Por que faço
essa solicitação? Porque quando da aprovação da desapropriação da área, da
permuta da área para implantação do Projeto da Vila dos Papeleiros, não foi
fácil o debate nesta Casa, e a base de oposição, representada, no caso, pelo
Ver. Beto Moesch, colocou uma Emenda ao Projeto do Executivo que exigia que
viesse para a Câmara o projeto de implantação, o projeto urbanístico, para ser
aprovado na Câmara de Vereadores com as licenças dos órgãos competentes. A obra
já começou, apesar de estar “semiparada”, e não veio para cá o que foi exigido
pelo atual Secretário do Meio Ambiente. O Governo deve prestar atenção nisso e
cumprir essa exigência, que foi algo muito debatido aqui; não foi um processo
fácil de acordo aprovar o Projeto rapidamente, porque acelerávamos em função do
incêndio que aconteceu na Vila dos Papeleiros.
Então,
essa exigência construída pela oposição, na época, atual situação, pelo Ver.
Beto Moesch, atual Secretário do Meio-Ambiente, de que aqui viesse a
apresentação do projeto de implantação, de urbanização, com os pareceres, com
as licenças ambientais, é uma exigência que fazemos nós, porque foi Lei, Emenda
aprovada por esta Casa.
E
atenção: o Projeto Integrado Entrada da Cidade tinha recursos vinculados - um
grande esforço da Prefeitura -, atinge três mil famílias ou mais, e ele deve
continuar. Suas obras estão patinando. Temos que ver o que está acontecendo com
as Receitas da Prefeitura.
Portanto, mantemos este
Veto para preservar este recurso, por ser um projeto estratégico, conquista da
população no Orçamento Participativo, e que resolve, embeleza, dignifica a vida
de milhares de pessoas na entrada da Cidade, que será o nosso cartão-postal,
com toda a certeza.
(Não
revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Luiz Braz está com a palavra para
discutir o PLE nº 009/05 com Veto Parcial.
O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente Ver. Elói Guimarães, Srs.
Vereadores e Sras Vereadoras, senhoras e senhores, esta Casa não
pode se resumir simplesmente aos debates entre situação e oposição. Eu acho que
é simplificar muito a representação que temos aqui, de toda a sociedade. Nós
temos a responsabilidade de estarmos aqui representando o conjunto de toda a
sociedade. Por isso mesmo, cada ação nossa, todas elas devem ser no sentido de
valorizar este Poder.
Vereador-Presidente,
nós temos por obrigação valorizar a Câmara Municipal como verdadeiro Poder que
é! Está lá na Constituição, de acordo com aquilo que também está na Lei
Orgânica. Aí, o que nós fazemos? Há algum tempo nós começamos a aceitar aqui
nesta Câmara que, nos Projetos de Orçamento, o Executivo pudesse vir e vetar
dentro do processo legislativo Emendas que não faziam parte de redação final e
que não faziam parte do texto que esta Casa enviava para o Executivo.
Ora,
de acordo com o que está na Constituição e de acordo com a Lei Orgânica, só o
Executivo tem direito a colocar o seu veto ou sancionar aquele texto que nós
enviamos para o Executivo. Ele não tem direito de vir aqui na Câmara Municipal
e vetar o processo legislativo. E isso acontece seguidamente aqui todas as
vezes que vamos votar o Orçamento!
Eu
não me lembro que isso tivesse acontecido em épocas anteriores quando da
votação dos Planos Plurianuais ou quando da votação da Lei de Diretrizes
Orçamentárias. Eu me lembro disso no Projeto de Orçamento; sempre, no Projeto
de Orçamento, nós tínhamos essa anomalia aqui na Câmara Municipal. E,
infelizmente, esta Câmara sempre resolvia acatar aqueles Vetos que eram
enviados para cá pelo Executivo, eu acho que diminuindo a importância deste
Poder. Este Poder fica enfraquecido quando nós aceitamos essas intromissões do
Executivo.
Agora me disseram que
somos obrigados a proceder assim com relação ao PPA, porque temos que ajeitar
aquilo que está destinado para a Câmara, porque, afinal de contas, o que diz a
Emenda nº 296? Ela suprime o Programa Câmara Municipal dentro do Plano Plurianual
do Município e cria, lá no Anexo 2, um Plano Plurianual próprio para Câmara
Municipal. Então, a Câmara vai ter o seu próprio Plano. Vereador-Presidente
Elói Guimarães, nós da Mesa vamos ter - com orientação, é claro, da Comissão de
Finanças - de organizar o nosso Plano Plurianual, aquilo que nós queremos para
os quatro anos, assim como nós também deveremos ter a nossa LDO, e como vamos
ter o nosso próprio Orçamento. Vamos ter, realmente, que falar como Poder,
porque a partir dessa Emenda nós estamos nos desvinculando completamente do
Plano do Executivo e estamos tendo o nosso próprio plano de ação, o nosso plano
de investimentos.
Eu não entendo muito isso,
porque, afinal de contas, a Câmara Municipal gasta praticamente 80% ou mais
daquilo que é a sua Receita com o pagamento de pessoal. Nós não temos,
praticamente, que fazer um plano de investimentos, mas infelizmente, a Emenda
está aí, ela está sendo aprovada, e eu vou aceitar essa ação, para que nós
possamos organizar, aqui, os gastos que nós vamos ter com a Câmara.
Mas eu acho, realmente,
que, enquanto Poder, nós estamos nos diminuindo. Eu acho que nós não deveríamos
agir assim. E eu acho que nós até devemos mandar um recado lá para o Executivo
- já que nós vamos ter o Projeto de Orçamento -, no sentido de que não façam,
nesse Projeto de Orçamento, com esta Câmara, o que fizeram no passado. O
Prefeito Verle fazia muito isto com esta Câmara: vetava, aqui, no processo
legislativo. Mas nós temos que começar a colocar um basta em tudo isso. E eu
acho que, para isso, nós precisamos de uma ação por parte da Mesa da Câmara,
por parte do Presidente Elói Guimarães, por parte do restante da Mesa da
Câmara, para que nós possamos dizer para o Executivo que eles têm direito de
vetar a Redação Final que nós enviamos para o Executivo. O resto, não! O resto
tem de ser resolvido, aqui, entre os Vereadores, porque senão não precisa
Câmara de Vereadores. Eles fazem tudo o que bem entendem lá pelo Executivo, e a
Câmara fica praticamente subordinada à vontade do Executivo.
Eu vou fazer isso aqui só
para acompanhar o restante dos Vereadores, mas, com absoluta certeza, eu
acredito que o que nós estamos fazendo não é o melhor para a nossa Câmara
Municipal. Mas eu acompanho os Srs. Vereadores e também vou me posicionar no
sentido de aceitar aquela que foi a orientação do Ver. Professor Garcia, que,
no seu Parecer, faz com que nós tenhamos essa compreensão de aceitar o Veto a
uma Emenda do Projeto do Legislativo.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. CARLOS TODESCHINI: Sr. Presidente, Sras
Vereadoras, Srs. Vereadores, público presente e público que nos assiste pelo Canal
16, eu também venho aqui para retomar a discussão que eu havia iniciado
anteriormente, porque este Projeto vem com o Veto do Executivo feito de forma
errada tecnicamente, e isso traz, concordando com a manifestação do Vereador
que aqui me antecedeu, conseqüências, como a invasão nas competências desta
Casa. Porque, tecnicamente, o Governo, reiteradamente, comete esse tipo de
equívoco; não é a primeira vez que isso acontece. Eu lembro que inúmeros
Projetos já vieram para cá com esse mesmo tipo de equívoco, com esse mesmo tipo
de erro, com o veto de expressões, com os vetos parciais, com o veto de
subemendas. E não é verdadeiro que isso acontecia no passado, não! É diferente,
porque aqui se está tratando de alguém inexperiente, alguém despreparado orientando
as ações do Sr. Prefeito Municipal.
Eu
acho, Líder do Governo, que o Prefeito devia rever a assessoria, porque não é a
primeira vez, Ver. Luz Braz, que aparece caracteristicamente esse tipo de ação
sobre os Projetos, com vetos de expressão, vetos parciais, vetos de subemenda,
o que descaracteriza e não pode, porque é inconstitucional.
Tecnicamente
é inaceitável que esta Casa continue aceitando esse tipo de procedimento,
porque, senão, nós vamos aceitar as ingerências e nós vamos estar abrindo mão
da técnica e do Poder legislativos.
E
se daí derivarem, Ver. Sebenelo, questões de disputas jurídicas e de
interpretações do Tribunal de Contas, como é que vai ficar a responsabilidade?
Nós estamos tratando de matérias muito relevantes, como a matéria do Orçamento
Plurianual, em que uma vírgula pode fazer muita diferença, não é verdade?
Não
é nem a primeira, nem a segunda, nem a terceira, nem a quarta, nem a quinta
vez; inúmeras vezes o Governo comete esse tipo de equívoco, manda os Projetos,
e esta Casa, nesse caso, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, não tem
outra alternativa a não ser aceitar, porque senão politicamente está criando um
embaraço para o Governo. Cria-se uma situação quase que incontornável, Ver.
Sebenelo! E aí nós, a nossa Bancada, vamos aceitar o encaminhamento de fechar
um pouco os olhos para as invasões de competência nesta Casa, para a questão da
boa técnica jurídica e constitucional e vamos apoiar politicamente o mérito,
que é o que nos resta a fazer, senão nós estaríamos criando um problema para o
Governo Municipal. Mas o Governo não pode cometer esse tipo de erro.
Imaginem,
os senhores, se isso tivesse acontecido no Governo passado! E, mesmo quando
vinha tudo certo, havia uma oposição ferrenha e sistemática, por quem nada
passava, mesmo quando tudo era legal. Postura diferente vocês - base do Governo
e Governo - estão tendo da nossa Bancada. Estamos fazendo a crítica porque nós
temos responsabilidade com a boa técnica e com o respeito às normas, às leis, à
Constituição. Mas, por outro lado, também nós fazemos todo o esforço, Ver. João
Dib, para viabilizar o Governo.
O
Governo não pode continuar errando como erra sistematicamente, porque chegará
num ponto em que será insustentável fecharmos os olhos para tantas questões que
chegam de forma problemática, ilegal, inconstitucional, pois isso trará
problemas, em última instância, para o próprio Governo nas questões de futuro.
De minha parte, era isto que eu queria deixar como manifestação. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Professor Garcia está com a
palavra para discutir o Veto Parcial ao PLE nº 009/05.
O SR. PROFESSOR GARCIA: Sr. Presidente. Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, coube a mim ser Relator dos Vetos ao Plano
Plurianual. E eu acho que o Ver. Luiz Braz já fez algumas observações
pertinentes relativas a erros que aconteceram na formação do Processo. Só que,
na realidade, o que nós temos que fazer -, e essa foi a nossa intenção - é
tentar, não vou dizer sanar, mas minimizar os erros que aconteceram. Isso foi,
na realidade, com o que nos preocupamos. Inclusive, os Vereadores sabem que nós
tentamos votar primeiro este Veto que está sendo analisado hoje, para depois
votarmos o Relatório da LDO. Não conseguimos, mas, felizmente, pela orientação
do Ver. João Antonio Dib, Presidente da Comissão de Economia, Finanças,
Orçamento e do Mercosul, fizemos um pacto na Comissão sobre a forma como
agiríamos para votar o Relatório, para dar prosseguimento aos trabalhos na
Casa.
E
estamos hoje analisando o Veto. Então, vou-me permitir ler, de forma rápida,
algumas coisas relativas ao porquê do Veto e do acolhimento da proposta do Veto
e ao porquê da rejeição do outro Veto (Lê.): “... Em síntese, há a questão
atinente ao ‘limites do veto’. Não cabem agora maiores discussões, pois, como
se sabe, ele pode ser total ou parcial. No entanto, em vista do caso presente,
é de suma importância rápida referência a que é impossível o veto ‘aditivo ou
restabelecedor’. Ou seja, o veto que adicione algo a Projeto ou restabeleça
artigos, parágrafos, incisos ou alíneas suprimidas, modificadas ou substituídas
pelo Poder Legislativo. Pois, relembrando, em primeiro lugar, como determina a
norma constitucional, o veto pode ser total ou parcial, desta forma abrangendo
a totalidade do projeto ou texto ou parte dele, repita-se, em termos de artigo,
inciso, parágrafo, alínea ou como emenda ao projeto ocorrente neste caso. E, em
segundo, que ‘a idéia de veto encerra a de eliminação, de exclusão, de vedação.
Nunca de adição, de acréscimo, de adjunção’. (Vejam-se outros autores, tais
como Hely Lopes Meirelles, “Direito Municipal Brasileiro”; Manoel Gonçalves
Ferreira, “Do Processo Legislativo”). Portanto, e, em conseqüência, uma vez
vetadas as Emendas negociações coletivas nos 288 e 296 ao Projeto, e
05 à Redação Final, seus textos foram excluídos e eliminados do Projeto em
questão. E, assim sendo, caberá ao Poder Legislativo acolher ou rejeitar o Veto
em sua totalidade. Ou, se assim entender, rejeitar ou aprovar, uma(s) ou
outra(s), com seus textos na integralidade e não-parciais. Diante do que,
preliminarmente, este Relator é do entendimento que no referente à Emenda nº
288 ao Projeto, e nº 5 à Redação Final, pelos motivos técnicos postos pelo
Poder Executivo, o Veto deve ser mantido ou acolhido, já que a origem dos
recursos...” – e nisso eu gostaria que os Vereadores prestassem atenção, por
que estamos acolhendo – “...orçamentários não são ‘livres do Tesouro’, mas,
sim, ‘vinculados’ ao Programa Integrado Entrada da Cidade..." - Programa
de alta relevância, através do qual serão construídas casas no Município de
Porto Alegre - “...seja na parte referente ao financiamento ou de recursos
próprios. Porém, quanto à Emenda nº 296, de fundamental interesse do Poder
Legislativo...” - e principalmente desta Casa -, “...em que pese as corretas
alegações de ordem técnica postas pelo Poder Executivo, por ora, este Relator
não vê outra forma senão pelo não-acolhimento, ou seja, da rejeição do Veto.
Sem dúvida, procede a questão técnica levantada, de ordem contábil e
administrativa. Igualmente, deve-se lembrar que as Leis Orçamentárias, seja o
Plano Plurianual, seja a Lei de Diretrizes Orçamentárias ou a Lei de
Orçamento...”
Quero inclusive dizer aos
colegas Vereadores que, no dia 30 de agosto, foi publicado no Diário Oficial do
Município, o Anexo nº 2 à Lei nº 9.814, que informa que a Emenda nº 296 se
encontra parcialmente integrada ao texto da Redação Final do Plano de Lei
Orçamentária.
Também
é importante colocar, a respeito da Emenda nº 5, que não há como sanar, em
parte, a Emenda nº 313. E é por isso que deu alguma confusão. Essa Emenda nº
313 é originária com a inserção final da expressão (Lê.): “A origem passa a ser
o Programa de Apoio Administrativo, sem prejudicar a Emenda nº 13, pois o Veto
é excludente, ressalvada a hipótese de encaminhamento de novo Projeto...” – e
aqui eu quero dizer, Ver. Luiz Braz, que nós estamos excluindo, ou o Veto é
excludente – “...ressalvada a hipótese de encaminhamento de novo Projeto
proposto pelo Poder Executivo, detentor da iniciativa, conveniência e
oportunidade, como já foi apontado.”
Então,
diante do exposto, estamos sugerindo a manutenção do Veto às Emendas nº 288 ao
Projeto e nº 05 à Redação Final, e a rejeição do Veto à Emenda nº 296 ao
Projeto, que foi publicado no Diário Oficial da União.
Eu
não vou tecer comentários sobre a questão do texto, pois está acessível a todos
os Vereadores. Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Sebastião Melo está com a palavra
para discutir o Veto Parcial ao PLE nº 009/05.
O SR. SEBASTIÃO MELO: Sr. Presidente, Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, primeiramente eu quero cumprimentar a Bancada do
PT pela compreensão. Eu acho que não podemos perder o mérito da matéria pela
formalidade. Então, eu mesmo, Vereador aqui de outra Legislatura, muitas vezes
vi acontecer o que hoje está acontecendo aqui. Quero dizer que quem
administrava a Cidade já estava no poder há muito mais tempo. Eu acho que é um
gesto de grandeza, e eu quero sublinhar, quero gizar.
Quero também, Sr. Presidente, dizer que a Lei Orçamentária é
una, porque vem do Plurianual, passa pela LDO e chega no Orçamento; é uma lei
meramente autorizativa, Ver. Nereu, não é impositiva.
No
Brasil, de norte a sul, de leste a oeste, a regra tem sido de os governos não
cumprirem as suas cartas de intenção do
ponto de vista da plataforma, de Plurianual, de Diretrizes Orçamentárias ; tem
sido a regra. Por isso, eu mesmo fiz uma Lei nesta Casa, Sr. Presidente,
que hoje está vigorando, e acredito que a gestão pública municipal tem que
melhorá-la do ponto de vista da sua aplicação, disponibilizando, via página na
Internet, a execução orçamentária, que é tão ou mais importante que votar o
Orçamento.
Porque
pode-se votar um Orçamento com aplicação de X na Saúde, mas podem resolver
aplicar esse dinheiro no asfalto, no encanamento. Portanto, a execução
orçamentária, para nós, é uma coisa muito mal-acompanhada pelos Parlamentos,
tanto em nível municipal, como nas Assembléias Legislativas e no Congresso
Nacional.
Nós
precisamos trabalhar uma lógica melhor para acompanhar os Orçamentos. Agora,
quero dizer que, inclusive, uma dessas Emendas - a Emenda n° 288 -, de minha
autoria, foi vetada pelo Prefeito. Por que o Prefeito vetou as Emendas nº 5 e
288? Porque, quanto à Emenda n° 288, há um vício no Projeto Entrada da Cidade,
porque é Orçamento vinculado, e eu fui lá e tirei para galpões de lixo uma
verba que é vinculada ao Projeto Entrada da Cidade. Tudo bem, fui inobservante
em relação a isso, eu poderia ter pegado outros recursos; então, tem-se que
acatar.
Com
a Emenda n° 05 é a mesma coisa. E a Emenda n° 296 já foi aqui amplamente
explicada pelo Ver. Professor Garcia. Acho que a Câmara tem que rejeitá-la, e
afirmar a sua autonomia, porque trata do anexo da Câmara de Vereadores.
Quero
enfrentar prazerosamente – e não vejam como provocação – a questão do Projeto
Entrada da Cidade. Eu estou nesta Cidade há 28 anos, estou Vereador há cinco
anos, mas acompanho a política desta Cidade desde que cheguei. O Projeto
Entrada da Cidade remonta a 1989, 1988, quando o Olívio ganhou a Prefeitura.
Serviu de discurso de palanque nas eleições de 1988, 1992, 1996, 2000 e 2004.
Eu quero dizer que ele é um Projeto importante para a Cidade. E eu quero
afirmar a V. Exª que tanto o Socioambiental como o Entrada da Cidade são
projetos que pertencem à Cidade e não foram realizados no Governo anterior, mas
que este Governo vai realizá-los, sim, na medida em que está recolocando as
finanças do Município nos trilhos.
Pegamos
uma herança, que eu não vou chamar de herança maldita, mas é malditinha: são
175 milhões de reais que ficaram pendentes das verbas oriundas do Governo
anterior, ou seja, um déficit orçamentário de 175 milhões.
Eu
quero dizer a V. Exª, Verª Sofia, extraordinária Vereadora, que eu acho que
este é um debate extraordinário, bom, recorrente, mas V. Exª pode ficar certa
de que eu sou daqueles que recolho sempre a crítica como contribuição. Acho que
a boa crítica faz a gente crescer junto, e a democracia tem vários esteios, mas
um deles é o bom contraditório.
Eu
acho que o Ver. Professor Garcia pegou bem. Vamos votar com o Relatório do Ver.
Professor Garcia para que a gente possa entrar, logo em seguida, numa outra
matéria importante, o Refis Municipal, para que esta Cidade possa botar mais
recursos nos seus cofres e produzir mais obras para a nossa cidadania. Muito
obrigado, Sr. Presidente.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Em votação nominal a Emenda nº 296 ao PLE nº 009/05. (Pausa.) (Após a apuração
nominal.) APROVADA por 29 votos SIM, rejeitado o Veto.
Em
votação a Emenda nº 288 ao PLE n° 009/05, com Veto. (Pausa.) (Após a apuração
nominal.) REJEITADA a Emenda por 28
votos NÃO, mantido o Veto.
Em
votação nominal a Emenda nº 05 à Redação Final do PLE nº 009/05, com Veto.
(Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA
a Emenda por 29 votos NÃO, mantido o Veto.
O SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel): Apregôo a retirada da Emenda nº 04
aposta ao PLE nº 004/05 sobre o Refis.
Apregoamos
a Emenda nº 06, ao PLCE nº 004/05 que inclui artigo com a seguinte redação e
renumera quando necessário (Lê.): “Aos débitos referentes a tarifas de água,
esgoto e serviços complementares do Departamento Municipal de Água e Esgotos,
aplica-se a redução da multa de mora, conforme estabelecido no art. 1º, sendo
os prazos e demais condições regulamentados por decreto do Prefeito Municipal”.
Apregoamos
a Emenda nº 07, ao PLCE nº 004/05: (Lê.) “Altera-se a redação do caput do art. 4º do presente Projeto,
que passará a viger com a seguinte redação: Art. 4º - A concessão do benefício
de que trata o artigo 1º terá vigência até o dia 30 de dezembro de 2005”.
Apregoamos
a Emenda nº 08, ao PLCE nº 004/05: (Lê.) “Altera-se a redação do caput do art. 1º do presente Projeto:
Art. 1º - Onde se lê 75%, leia-se 90% (noventa por cento). O parágrafo 1º passa
a ter a seguinte redação: A concessão da redução de multa de que trata o caput será aplicada da seguinte forma:
-
90% (noventa por cento) de redução, no caso de pagamento à vista;
-
80% (oitenta por cento) de redução, no caso de parcelamento ou reparcelamento
em até três parcelas;
-
percentual variável, regressivo e linear de 75% (setenta e cinco por cento) até
10% (dez por cento), conforme o número de parcelas, a partir de quatro
parcelas”.
Apregoamos
a Emenda nº 09, ao PLCE nº 004/05, de autoria da Verª Manuela d’Ávila, Líder do
PCdoB. (Lê.) “Altera o art. 1º do Projeto, que passa a ter a seguinte redação:
Art. 1º - Fica autorizado o Poder Executivo a conceder redução de até 75%
(setenta e cinco por cento) no valor da multa de mora quando do pagamento,
parcelamento ou reparcelamento do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza,
do Imposto Sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana e da Taxa de Coleta
de Lixo, na forma regulamentada por decreto do Prefeito Municipal”.
Em
votação o Requerimento de autoria da Verª Manuela d’Ávila que solicita a
retirada de tramitação do PLL nº 051/05, que concede o Título Honorífico de
Cidadão Emérito de Porto Alegre ao Sr. José Carlos Ferraz Hennemann. (Pausa.)
Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Em
votação o Requerimento de autoria do Ver. Bernardino Vendruscolo, que solicita
a retirada de tramitação do PR nº 072/05. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Em
votação o Requerimento do Ver. Haroldo de Souza que solicita a retirada de
tramitação do PLL nº 199/05. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Em
votação o Requerimento do Ver. Raul Carrion que solicita a retirada do PLL
120/05, referente à Sessão Solene comemorativa da Revolução Farroupilha.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC.
N. 5014/05 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO N. 04/05, que dispõe sobre autorização ao Poder
Executivo para conceder redução da multa de mora para pagar ou parcelar tributo
e dá outras providências. Com Emenda n. 01. (REFIS)
Parecer:
- da CCJ. Relator
Ver. Paulo Odone: pela inexistência de óbice de natureza jurídica ao Projeto e
pela existência de óbice de natureza jurídica à Emenda n. 01.
Observações:
- para aprovação, voto favorável da
maioria absoluta dos membros da CMPA – art. 82, § 1º, I, da LOM;
- incluído na Ordem do Dia, por força do
art. 81 da LOM, em 26-09-05.
O SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel): Em discussão o PLCE nº 004/2005, que dispõe
sobre a autorização ao Poder Executivo para conceder redução de multa de mora
para pagar ou parcelar tributo e dá outras providências, com várias Emendas já
apregoadas, de 1 a 9. O Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir.
O SR. ADELI SELL: Sr. Presidente, Ver. João Carlos Nedel,
colegas Vereadores, Vereadoras, cidadãos e cidadãs, está presente o nosso
Secretário Cristiano, dirigentes de várias entidades, de várias áreas do
desenvolvimento econômico e social de nossa Cidade. Nós estamos num momento
extremamente importante nesta tarde de quarta-feira para discutirmos esta
proposição do Refis. Vem em boa hora, vem em momento adequado, porque, nos
últimos três anos, pelo menos, nós estamos discutindo sistematicamente as
dificuldades econômicas por que passa a Administração Pública de Porto Alegre.
Esta
é uma questão para a qual há tempo a população vinha sendo alertada: da
importância de termos mecanismos de arrecadação e de condições efetivas de a
população pagar os seus tributos.
Muitas
vezes verifico que, na Cidade, discute-se o preço da gasolina, e sabemos que,
em algumas cidades, há cartelização, mas não podemos comparar o preço da
gasolina paga de forma legal, sem misturança, sem adicionar produtos que venham
a estragar o carro, com os preços que são operados, por exemplo, em Novo
Hamburgo e em Vacaria, onde, sabidamente, tivemos gravíssimos problemas com os
postos de combustíveis. Estamos tratando de legalidade e de ilegalidade.
Mas,
em muitos momentos, temos operosos empreendedores que não conseguem melhorar a
situação devido à alta das nossas alíquotas, de tributos, mas que não são
apenas municipais. Hoje estamos tratando de áreas de serviços. Sabemos como o
setor de serviços se mobilizou recentemente em relação ao Governo Federal por
aumento de impostos em nível federal, que inviabilizariam um conjunto de
atividades econômicas na Cidade, no Estado e no País.
Somos
um País pobre. Portanto, não podemos nos comparar com a Finlândia, com a Suécia
e com a Dinamarca, que pagam 50% de tributos, porque lá tem educação integral,
eles têm saúde integral e não têm os problemas que temos no Brasil. Portanto,
comparar um país rico com um país pobre não é correto, porque, mesmo uma taxa
em torno de 36% do PIB, no Brasil, significa muito mais do que pagar 60% num
país de Primeiríssimo Mundo.
Por
isso temos de discutir, sim, um Refis sério, responsável, em que não haja o
abandono da cobrança, que não se faça perdão do tributo que tem de ser
recolhido, mas que se discuta, sim, efetivamente, a multa, e se discutam, sim,
os juros e que seja proporcional, sim, ao tempo de pagamento.
Num
primeiro momento, eu dizia ao Secretário Cristiano que talvez a Prefeitura
tenha sido até generosa demais com o prazo, porque está dando prazos bastante
generosos. Eu acho que ninguém pode se queixar. Nós não fomos contra, e
dissemos que, na essência, a Bancada do Partido dos Trabalhadores votaria a
favor, como vai votar favoravelmente a essência do Projeto. Nós temos alguns
colegas de Bancada que vão discutir algumas questões específicas, e já fizemos
tratativas, hoje, aqui, à tarde, inclusive, de acertar algumas Emendas, de
fazer com que possamos, sim, ter, na tarde de hoje, concertada entre o
Executivo, os empreendedores, aqueles contribuintes, aqueles que pagam os
tributos, uma proposição que seja do interesse de toda cidade de Porto Alegre.
Nós
queremos, a partir da aprovação dessa Lei, da chegada dessa Lei na Prefeitura,
da sanção imediata do Sr. Prefeito, a partir do mês de outubro, conseguir as
primeiras arrecadações, frutos desses Refis. Porto Alegre precisa, o caixa da
Prefeitura precisa arrecadar, inclusive arrecadar, mais do que nunca, os
tributos atrasados.
Esta é a minha primeira intervenção. Se puder, mais tarde, tentarei ver um
outro tempo para manter o diálogo, discutir e ajudar a construir, neste
Plenário, um consenso para que possamos levar Porto Alegre adiante, para que
nós possamos, sim, construir o desenvolvimento econômico e social sem
atropelos, por parte do Executivo ou do Legislativo, mas num grande consenso
que esta Casa há de construir na tarde de hoje. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PAULO ODONE: Sr. Presidente, apesar de estar fora do
protocolo, gostaria de fazer aqui um reconhecimento. Nós estamos tendo a honra
de receber na Casa, neste momento - e peço aos Vereadores, companheiros, que a
gente os saúde - duas belas figuras que representaram tão bem a nossa Cidade e
o nosso Estado mundialmente: o campeão mundial Judoca, medalha de ouro, João
Derli, que está ali sentado conosco, e o Kiko, que é o treinador dele na
Sogipa. (Palmas.)
Presidente,
eu tenho um Projeto de Lei que está na Ordem do Dia, mas não está acordado para
votar hoje; parece muito simples, institui o Dia Olímpico Municipal. Há um
outro dispositivo em vigor, que mandava o Prefeito colocar no calendário o Dia
Olímpico Internacional, mas tanto o Kiko quanto o João vieram nos trazer o
apoio para que a Prefeitura, o Município, de fato, faça o Dia Olímpico
Municipal, para que todos os anos possam os atletas, como o João, ter a mesma
oportunidade que ele teve de poder nos trazer as alegrias de um título mundial.
Há uma homenagem desta
Casa ao João, proposta pelo nosso Ver. Mario Fraga, que, depois, nós vamos
também endossar. Eu quero cumprimentá-lo, não quero tirar, inclusive, o brilho
dessa iniciativa, mas achei que a Casa deveria, também, saudar o interesse
desses dois e dar a solidariedade por isso. Muito obrigado. Obrigado ao Kiko,
obrigado ao João Derli, e acho até que a gente poderia cumprimentá-los, Sr.
Presidente.
O SR. MARIO FRAGA: Sr. Presidente, cumprimentamos a justa
homenagem. Queria dizer que já estão protocolados na Casa dois Projetos de
minha autoria, homenageando o João Derli e o seu treinador Kiko. Muito
obrigado.
O SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel): Tendo em vista a grande honra que esta
Casa tem, suspendo os trabalhos por alguns minutos.
(Suspendem-se
os trabalhos às 17h09min.)
O SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel – às 17h11min): Estão reabertos os trabalhos da presente
Sessão.
Apregôo
a Emenda nº 10 ao PLCE nº 004/05, de autoria Ver. Professor Garcia.
O
Ver. Sebastião Melo está com a palavra para discutir o PLCE nº 004/05.
O SR. SEBASTIÃO MELO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores,
saudações ao nosso campeão, mas a caminhada continua, a luta continua, os
projetos continuam, e nós temos muitas coisas para votar nesta tarde.
Eu
quero dizer, Sr. Presidente, que esta matéria é muito importante para a vida da
Cidade. Eu sou autor de um Projeto de Refis Municipal, que dista de abril de
2004 e que, Ver. Luiz Braz, se encontra nesta Casa, já na última Comissão.
Mas eu quero dizer, Secretário Cristiano - e
saúdo a sua presença e a da sua equipe - que, para nós, a autoria não é
importante; o importante é o objetivo que se quer alcançar.
Muita
gente nesta Cidade, Secretário - e eu peço aos meus colegas Vereadores, se for
possível, que a gente continue o diálogo -, muita gente desta Cidade,
Presidente, não paga o ISS, o IPTU, a Taxa do Lixo ou a conta d’água não é
porque não quer, é porque nós temos uma economia depauperada, Ver. Brasinha, um
desemprego que campeia, especialmente nos grandes centros, e aí é a luta da
vida. O pequeno comerciante tem que pagar o salário, tem que pagar a energia,
e, muitas vezes, o pequeno comerciante - o pequeno negócio -, ele vai “levando
com a barriga”, levando da maneira que dá, e vai atrasando os seus tributos.
Nós
temos, para o conhecimento desta Casa, Ver. Presidente, quase um bilhão de
reais de créditos a receber na cidade de Porto Alegre, fora o DMAE. É bem verdade que, desse um bilhão de
créditos a receber, há muito daquilo que nós chamamos de “crédito podre”, Ver.
Braz, ou seja, aquele que nós não vamos conseguir alcançar, nem a Fazenda, nem
a Procuradoria. Eu não sei calcular quanto, mas sei que tem muita gente que
quer ter a oportunidade de renegociar as suas dívidas.
E
acho que este será um Projeto consensualizado, Cristiano, porque o Prefeito
Verle já havia feito por decreto o que nós estamos fazendo por lei, de certa
forma. Mas acho que a Prefeitura, através do Prefeito anterior, não foi feliz,
Ver. Braz, quando exigiu muitas garantias e isso “burrocratizou” o processo.
Segundo, não houve divulgação adequada.
Então,
me parece o seguinte, Sr. Presidente: uma Cidade que tem carências enormes na
área da Habitação, uma Cidade em que faltam remédios nas prateleiras para
centenas de pessoas que não têm como comprar o medicamento - e o Poder Público
muitas vezes não pode fazê-lo -, uma cidade em que 5 a 6 mil pessoas moram em
áreas de risco, esta Cidade precisa mais do que nunca colocar dinheiro no
caixa; esta Cidade tem um corpo funcional extraordinário, busca a reposição
salarial com justeza, mas o Poder Público muitas vezes não pode repor.
Então,
Ver. Haroldo, eu fico imaginando o cidadão lá da funerária, o escritório de
advocacia, que está lá com uma dívida de 4, 5, 7, 10 mil reais, que, para
aquele, negócio é muito dinheiro.
Quero
dizer ao Secretário Cristiano, com muito gosto, que nós, que trabalhamos essa
matéria há muito tempo, com vários setores da Cidade, vamos aprovar com louvor.
Mas quero fazer um apelo a V. Exª: vamos cobrar dos banqueiros aqui em Porto
Alegre. Chega de dar moleza para banqueiro! Nós estamos oportunizando para que
os pequenos quitem. Cobram da Dona Maria, que às vezes não tem dinheiro para
pagar um litro de leite na esquina, e a “banqueirada” corre frouxa na praça,
não pagando transações de leasing. Isso
não está correto!
O Sr. Luiz Braz: V. Exª permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Ver. Sebastião Melo, em primeiro lugar, quero cumprimentá-lo,
porque V. Exª tinha um Projeto tramitando nesta Casa com esse mesmo objetivo. E
V. Exª concordou com o Executivo em retirar o seu Projeto para que fosse votado
o Projeto do Executivo. Li o seu Projeto e acredito que realmente a idéia era
muito boa. Mas, eu acredito, Ver. Sebastião Melo, que cabe ao Executivo
Municipal fazer uma equipe para aqueles processos que praticamente têm quase um
“Orçamento” sendo discutido na Justiça, e muitas daquelas pessoas que gostariam
de pagar seu imposto de uma maneira lisa, mas que fosse escoimado aquilo que é
tido já como ilegal, como, por exemplo, as prescrições, que muitas vezes são
discussões que estão na Justiça, e o Município vai perder; que de repente
houvesse uma Comissão para que essas pessoas pudessem discutir aqui.
Eu
não pretendo discutir o Projeto, vou votar favoravelmente. Eu sei que V. Exª
tem um conhecimento muito amplo a respeito dessa discussão do Refis, por isso
peço que me inscreva, Sr. Presidente, e ceda meu tempo para o Ver. Sebastião,
para que ele continue fazendo a discussão.
O SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel): Se for necessário, faremos isso.
O SR. SEBASTIÃO MELO: Antecipadamente, os nossos
agradecimentos. Eu retomo, porque esta Cidade sabe, especialmente os Vereadores
do Partido dos Trabalhadores, que há três anos a Prefeitura gasta mais do que
arrecada. Essa é uma realidade que não é culpa de ninguém, é culpa de um modelo
perverso do sistema federativo carcomido, e, inclusive, os Governos que se
sucedem na República dizem, em letras garrafais, que o Município é o mais
importante, porque lá vive o cidadão, porque lá as coisas acontecem ou não
acontecem.
Ver.
Dr. Goulart, como pode um País ter a maior carga tributária do mundo, um País
que só perde para Serra Leoa na distribuição de renda e seus serviços públicos
serem extremamente mal direcionados? E os Municípios, que já tiveram 20% do
bolo tributário lá no auge da Constituinte de 1988, hoje não chegam a ter 14%
do PIB brasileiro. Por isso, por medidas como essas, os Prefeitos municipais de
todas as Prefeituras, eu diria no jus
esperniandi, tentam buscar, colocar recurso nos caixas dos seus Tesouros.
Pois, na verdade, na verdade, Sr. Presidente, se nós tivéssemos, Ver. Nereu,
uma Federação neste País, porque as coisas acontecem ou não acontecem no
Município – e o cidadão mora no Município! –, nós teríamos que ter a
correspondência, o valor correspondente das atribuições que têm os Municípios.
Mas isso não existe! Isso é fantasioso!
Por
isso, eu quero cumprimentar o Executivo, mais uma vez sublinho, gizo que, para
nós, que ficamos um ano, quase dois anos, Ver. Braz, tratando desta matéria - e
o nosso Projeto não foi aprovado -, eu não saio daqui com nenhuma dificuldade
de dizer: para nós, o importante é que, a partir da semana que vem, aqueles que
querem parcelar, parcelem! Não interessa se o Projeto é da minha autoria, ou da
autoria de outro Vereador, ou se é do Executivo! Sinto-me contemplado, porque a
tese é mais importante do que o Projeto!
Portanto,
Sr. Presidente, encerro por aqui; depois, se for necessário, em tempo já
concedido pelo Ver. Braz, eu voltarei a esta tribuna. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel): Apregôo a Emenda nº 11, ao PLCE nº
004/05, de autoria dos Vereadores Raul Carrion, Manuela d’Ávila e Carlos
Todeschini. (Lê): “Inclui § 5º ao art. 1º do PLCE nº 004/05, com a seguinte
redação: Art. 1º, § 4º - Para as instituições de saúde conveniadas ao SUS e
entidades assistenciais conveniadas à Prefeitura, a redução do valor da multa
de que trata o caput deste artigo,
será de 100% (cem por cento).”
Apregôo
a retirada de tramitação da Emenda nº 09, de autoria da Verª Manuela d’Ávila,
ao PLCE nº 004/05.
Apregôo
a Emenda nº 12, de autoria da Verª Manuela d’Ávila, ao PLCE nº 004/05 (Lê.):
“Altera o art. 1.º do Projeto, que passa a ter a seguinte redação: Art. 1° -
Fica autorizado o Poder Executivo a conceder redução de até 75% (setenta e
cinco por cento) do valor da multa de mora no pagamento, parcelamento ou
reparcelamento do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza, do Imposto Sobre
Propriedade Predial e Territorial Urbana e da Taxa de Coleta de Lixo, na forma
a ser regulamentada por decreto do Prefeito Municipal.”
A
Verª Sofia Cavedon está com a palavra para discutir o PLCE nº 004/05.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, Sras
Vereadoras e Vereadores, nós temos acordo com o conteúdo do Projeto, com a
intenção, e achamos que, além de favorecer o contribuinte, de fato beneficia o
Orçamento público municipal.
A
nossa história de 16 anos de Administração Popular foi sempre, enfrentando
duras críticas, trabalhando com o incremento da receita municipal, tendo em
vista a grande responsabilidade que os Governos têm com as suas cidades, com a
prestação de serviços. E eu aqui quero tratar da coerência, porque vamos votar
a favor desse Projeto da Bancada de oposição, hoje Bancada de situação.
Trata-se do art. 6.º do Projeto ora em debate, artigo que revoga o inciso V do
art. 18, b, da Lei Complementar nº 07/03, com redação dada na Lei Complementar
nº 07/73, com redação dada pela Lei Complementar nº 501/03. Eu fui procurar que
inciso estava-se revogando e me pareceu apropriada essa revogação, pois esse
inciso, revogado, significará aumento de recursos, porque os estacionamentos
vão pagar ISSQN, estacionamentos que receberam isenção por uma Emenda desta
Casa, Ver. João Dib, Emenda do atual Secretário do Planejamento, Ver. Isaac
Ainhorn, e que, pelas informações que tenho, tirou do Governo Municipal, da
receita pública, 6 milhões no ano de 2004.
Quando
vem o Ver. Sebastião Melo aqui dizer que a cidade de Porto Alegre há dois anos
tem déficit, deve-se responsabilizar por essa Emenda, pois provavelmente, deve
ter votado a favor, e votou contra o veto dela, assim como 20 Vereadores desta
Casa - antiga oposição, atual situação, Ver. Sebastião Melo. Portanto, deram
isenção aos estacionamentos, referente ao ISSQN, os Vereadores: Almerindo
Filho, Beto Moesch - atual Secretário do Meio Ambiente -, Cassiá Carpes,
Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Dr. Goulart, Elias Vidal, Elói Guimarães,
Ervino Besson, Haroldo de Souza, Isaac Ainhorn, João Antonio Dib, João Bosco
Vaz, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Nereu D’Avila, Pedro Américo Leal, Reginaldo
Pujol, Sebastião Melo, Wilton Araújo. E disseram “não” à isenção aos
estacionamentos os seguintes Vereadores: Aldacir Oliboni, Carlos Pestana, Darci
Campani, Marcelo Danéris, Maria Celeste, Maristela Maffei, Raul Carrion, Renato
Guimarães e Zé Valdir.
Hoje,
o Governo propõe que se revogue essa isenção, Ver. Haroldo, e nós,
coerentemente, acordamos, porque achamos que todos devem contribuir com as
finanças municipais.
E,
aí, eu pergunto: V. Exas se arrependeram, ou, porque são Governo e
precisam de recursos, agora são responsáveis? Não era o Governo do Partido dos
Trabalhadores que tinha de dar conta e que iria se beneficiar com esses
recursos; eram, sim, as cidadãs e os cidadãos desta Cidade, que tiveram obras
reduzidas, eram os funcionários municipais, que não puderam manter a sua
bimestralidade até o final do ano passado.
Eu
cobro, aqui, coerência, sim, senhores! Eu acho incorreto esse tipo de isenção,
mas os Vereadores da oposição não achavam isso! Eles achavam que podiam ser
irresponsáveis com as contas municipais! Achavam que podiam dar uma isenção
para os estacionamentos, uma atividade que tem altos lucros, uma das atividades
econômicas mais desejadas nesta Cidade. Pois uma atividade com pequenos
investimentos e altos lucros obteve isenção desta Casa, pela atual base do
Governo.
Então,
nós acordamos e votaremos a favor desse art. 6º, mas cobraremos, aqui,
coerência, assim como com relação a outras isenções que foram dadas e que nos
foram cobradas, aqui, pelos municipários, lotando essas galerias! Por exemplo,
a Unimed, que não pagava ISSQN, e o Governo Municipal teve de negociar com esta
Câmara. E a Unimed não pagou a alíquota total. Outro exemplo: a Procergs, que
teve isenção do pagamento do ISSQN por esta Casa, pela Bancada de oposição, na
época, que não ajudou o Governo a recompor as finanças públicas. Ao contrário,
pelas informações que eu tenho, deixaram de entrar nos cofres da Prefeitura de
Porto Alegre, em 2004, 6 milhões de reais, mais ou menos 500 mil reais/mês,
pelas isenções concedidas, as quais, agora, nós temos a oportunidade de
corrigir.
E
não é porque nós somos oposição, neste momento, que vamos impedir que a
municipalidade, que a cidade de Porto Alegre obtenha recursos tão necessários
ao seu equilíbrio de contas e ao investimento nesta Cidade.
(Não
revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel): O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a
palavra para discutir o PLCE nº 004/05.
O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Ver. João Carlos Nedel, na presidência
dos trabalhos, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, representantes do
Executivo que acompanham a votação deste Projeto; Sr. Cristiano Tatsch,
Secretário da Fazenda; demais componentes dessa Secretaria, este é um Projeto
que certamente vai abrir caminho, Secretário, para outros Projetos. Não há mais
como o empresariado - independente do tamanho do negócio, pequena ou microempresa
- suportar a carga tributária implementada em todos os Municípios do País. O
empresário hoje é um leão, ele enfrenta, todo santo dia, as mais sérias
dificuldades que se possam imaginar, para poder saldar os seus compromissos
junto ao fisco, junto aos órgãos do Governo, tanto o Estadual, o Federal,
quanto o Municipal, sem contar a concorrência predatória, sem contar o
contrabando, sem contar a informalidade, que faz com que surja a concorrência
desleal, predatória. Não há como crescer um Município, um Estado, um País, se
nós não reavaliarmos essa cultura de cobrança de impostos. Chegou a vez de os
homens públicos usarem da criatividade que tem usado o homem de negócios; não
há mais como o homem público ficar no seu escritório, lá na sua Secretaria,
preocupando-se somente com a fiscalização. Chegou a vez de o homem público
fazer parceria com o empresariado, buscar a criatividade, inventar, reinventar,
criar, facilitar, para que o Município, os Estados e o País cresçam juntos.
Cada vez mais nós estamos vendo a informalidade; e a informalidade é uma
resposta às dificuldades que o empresariado vem enfrentando ao longo dos anos.
Há
uma cultura, não há sombra de dúvida disso, nos Legislativos e nos Executivos
deste País de buscar receita nos impostos - na criação e na incrementação de
novos impostos. Aí está o grande equívoco, porque toda vez que se cria ou se
aperta a cobrança de impostos, há uma seqüência de quebra de empresas e, por
conseguinte, um aumento da informalidade daqueles que se vêm obrigados, em legítima
defesa dos seus empregados, da sua família, a buscar esse refúgio que é a
informalidade.
Então,
Sr. Presidente, Ver. Nedel, que é contador e conhece essa matéria, esse Projeto
do Executivo Municipal certamente deverá ser o primeiro de tantos que virão,
para que Porto Alegre busque crescer e dar emprego para essa quantidade de
pessoas que trabalham hoje na informalidade.
Era
isso, Sr. Presidente, cumprimento o Executivo e seu Secretariado por essa
iniciativa, e digo que me somo ao Ver. Sebastião Melo, pois ele tinha um
Projeto dessa natureza. Vereador, V. Exª certamente fez um discurso em defesa
do Projeto do Executivo, mas lembrou da sua iniciativa no passado, quando
pleiteava buscar os mesmos direitos. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel): A Verª Maristela Maffei está com a
palavra para discutir o PLCE nº 004/05.
A SRA. MARISTELA MAFFEI: Sr. Presidente, Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, em primeiro lugar gostaria de dar boas-vindas
para os integrantes do Executivo que estão aqui convencendo, discutindo com os
nobres Pares. Quando nós éramos Governo, praticamente os nossos Secretários e
assessores eram praticamente corridos daqui. Ver. Bernardino, V. Exª não estava
aqui, era lamentável a deselegância, a desconsideração com o Executivo. Quero
dar boas-vindas para o Executivo Municipal nesta Casa para, inclusive, nos
ajudar e fazer o convencimento naquilo que é bom para a construção da nossa
Cidade.
Eu
quero ir na mesma linha da Verª Sofia Cavedon. Nós temos posição pelo bem da
cidade de Porto Alegre, e queremos, aqui, voltar à velha discussão, nova neste
momento - que não é a carroça -, exatamente sobre a questão do art. 6º que
ficou revogado, e toda a situação que vivemos aqui com o Prefeito João Verle. E
quero lembrar os nobres Pares que votaram naquela época - é bom a gente
refrescar a memória, porque um povo sem memória, ah, meu Deus, é horrível! -,
que são: os Vereadores Beto Moesch, Cassiá Carpes, Dr. Claudio Sebenelo, a
Líder da situação, Verª Clênia Maranhão, o nobre Dr. Goulart, o Pastor Elias
Vidal...
(Aparte
anti-regimental do Ver. Elias Vidal.)
A SRA. MARISTELA MAFFEI: Desculpa, é teólogo. É ignorância de
minha parte na área, Vereador. Peço vênia.
Ver.
Ervino Besson, Ver. Haroldo de Souza, Secretário Isaac Ainhorn, Ver. João Dib,
Ver. João Bosco Vaz, Ver. João Carlos Nedel, Ver. Luiz Braz, Ver. Nereu
D'Avila, Ver. Pedro Américo Leal, o agora Deputado Reginaldo Pujol, Ver.
Sebastião Melo - impressionante, Vereador! - e Ver. Wilton Araújo.
(Aparte
anti-regimental do Ver. Sebastião Melo.)
A SRA. MARISTELA MAFFEI: Pois não, Vereador. V. Exª vai dizer que
agora mudou de idéia porque as grandes pessoas mudam de idéia, é isso,
Vereador?
O Sr. Sebastião Melo: V. Exª permite um aparte? (Assentimento
da oradora.) Só não muda de idéia quem não tem idéia.
A SRA. MARISTELA MAFFEI: Viu, Vereador? Tinha certeza! Até
antecipei, porque imaginei que V. Exª ficou treinando horas essa noite na
frente do espelho. Meus parabéns, Vereador! Concordo com Vossa Excelência.
O Sr. Sebastião Melo: V. Exª deveria socializar aos demais
Vereadores que se trata da retirada do pagamento de taxa de lixo dos boxes.
Portanto, quero perguntar a V. Exa: os boxes para estacionamento produzem lixo?
Se produzem, está correta a sua tese. Se não produzem, V. Exª está “vendendo
gato por lebre”!
A SRA. MARISTELA MAFFEI: Essa revogação se refere a uma Emenda da
situação, que é trazida para cá hoje, à oposição que era feita à Administração
Popular e a um Projeto de Lei do Prefeito Verle. Eles propuseram a isenção de
ISSQN dos estacionamentos, na época, Ver. Sebastião Melo! Agora que são Governo
Municipal, querem revogar, o que eu acho ótimo!
A
perda, Vereador, na totalidade, não é apenas o argumento que V. Exª coloca
aqui, que é tão menor em relação à perda de ISSQN que esta Cidade teve, que foi
na ordem de 6 milhões de reais naquele período, e a Prefeitura deixou de
arrecadar por conta da oposição pela oposição. A isenção foi aprovada aqui,
vetada pelo Prefeito da época e foi derrubado o Veto pelas Bancadas
oposicionistas. Não é verdade, Ver. João Dib?
Por
isso estamos muito felizes com que a verdade esteja recolocada nesta Casa e a
Cidade volte a arrecadar aquilo que é necessário.
Eu
quero saudar as pessoas que aqui estão e o Ver. Todeschini, que elaborou uma
Emenda, juntamente com os técnicos da Prefeitura e com as entidades que aqui
estão, sobre os créditos não-tributários passíveis de inscrição e dívida ativa,
como, no caso, em especial, do Hospital Vila Nova, e a questão das creches que
têm hoje uma relação de assistência social com a Prefeitura Municipal e com a
sociedade.
Então,
coerência, senhoras e senhores! Nós estamos aqui e vamos manter a nossa
coerência! A Bancada da Frente Popular vai votar com a cidade de Porto Alegre,
nós não vamos fazer demagogia nem oposição por oposição. Muito obrigada.
(Não
revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Informo a solicitação da retirada de
tramitação da Emenda nº 10 ao PLCE nº 004/05, feita pelo Ver. Professor Garcia.
O
Ver. Raul Carrion está com a palavra para discutir o PLCE nº 004/05.
O SR. RAUL CARRION: Exmo. Ver. João Carlos Nedel, vou
discutir, porque, se não houver necessidade, nem encaminharemos, para agilizar
a votação, que é o nosso interesse.
Queria
dizer que a nossa Bancada estudou com detalhes este Projeto, a nossa assessoria
fez contatos nos dias de ontem e de hoje com a Fazenda, com o Dr. Zulmir Breda,
que prontamente nos deu uma série de informações complementares e, fruto dessa
análise conscienciosa do Projeto, a Bancada do PCdoB, com duas Emendas, irá
votar favoravelmente.
Entendemos que é um Projeto positivo. Temos
uma preocupação, é verdade, é bom dizer que a Administração da Frente Popular
sempre premiou o bom pagador e sempre foi avessa a anistias e avessa a perdão
dos maus pagadores, porque isso incentiva o bom pagador. Em todo caso, vamos
considerar isso como uma situação excepcional, uma situação transitória, mas é
importante que esta Casa defina, Ver. Bernardino, uma linha de não abrir a
porteira, porque senão, doravante, como é que vai raciocinar a pessoa que deve
pagar o tributo? Amanhã, ou depois vai haver outro perdão, vai haver outra
anistia, e a pessoa não vai ser boba em pagar, vai deixar para o futuro. Então,
é uma preocupação nossa não abrir uma nova tônica.
O Sr. João Antonio Dib: V.Exª permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Nobre Ver. Carrion, V. Exª sabe que eu aprecio muito a sua fala
sempre e presto muita atenção. A Administração Popular, no fim do ano passado,
mandou vários Processos de acertos de contas com benefícios.
O SR. RAUL CARRION: Perfeito, mas eu digo que não pode ser a
norma. Agora, apesar de nós acharmos que não se deve incentivar os maus
pagadores, nós entendemos que nessa situação é adequado.
Nós
temos uma primeira Emenda, porque, no art.1º - o próprio Dr. Breda nos
esclareceu que foi uma falha no envio -, faltou o termo, conetivo “no”. A
redação ficou confusa: “Fica autorizado o Poder Executivo a conceder redução de
até 75% no valor de multa de mora, pagamento, parcelamento ou reparcelamento”.
Poderia ser subentendida a falta de uma vírgula, e se fosse a falta de uma
vírgula, 75% era sobre o pagamento, e aí seria muito complicado, quando o
sentido é sobre a multa de mora. Poderia ser corrigido na Comissão de
Constituição e Justiça, na Redação Final, mas ficaria ao alvedrio dos membros
da CCJ. Então, nós estamos tomando o cuidado de colocar o conetivo “no” e
esclarecer definitivamente o problema.
Também
nós queríamos fazer uma crítica construtiva: nós achamos, Verª Clênia, que veio
mal instruído o Projeto. Seria muito importante que informações que o Sr. Breda
nos forneceu estivessem no Projeto para a gente entender o alcance dele. Por
exemplo, o que significa “inscritos na dívida ativa”, Verª Margarete? Qual é o
montante que nós estamos legislando, Ver. Bernardino - o senhor sabe, por
acaso? -, em relação ao IPTU, em relação ao ISSQN, em relação à Taxa de Coleta
de Lixo? Então, as informações: do IPTU, são 95.800 inscritos em dívida ativa,
o que equivale a 103 milhões de reais; de cobrança judicial, são 53.846, o que
equivale a 473 milhões de reais, que dá um total de 576 milhões de reais. Os
inscritos na dívida ativa do ISSQN são 5.236, o que equivale a 209 milhões de
reais; de cobrança judicial, são 3.499, o que equivale a 334 milhões de reais.
Portanto, nós passamos de um bilhão de reais.
Eu
creio, Verª Clênia, que seriam informações interessantes de estar no Projeto.
Esta Casa precisa dessas informações precisas, os Vereadores não podem decidir
um, digamos, perdão de até 75% da dívida sem saber os valores. Como é de 10% a
mora, e nós temos 75%, são 7,5% de um bilhão que estão em jogo, ainda que os
7,5% sejam da totalidade, e, no caso, nem todos irão fazer o acerto. Então,
esclarecidos desses fatos, os Vereadores do PCdoB votarão favoravelmente.
Há
essa Emenda que corrige o caput, e
uma outra Emenda que eleva para 100% o perdão da multa de mora no caso das
instituições de Saúde, que estão todas “nas caronas”, é uma Emenda feita junto
com o Ver. Todeschini, junto com a Verª Manuela, que estende para 100%, a fim
de ajudar essas instituições que vivem em grandes dificuldades. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O nobre Secretário da
Fazenda, o Cristiano, que está aqui, pode perceber e acompanhar, claramente, o
drama, por exemplo, que vive o Hospital Vila Nova. O Hospital Vila Nova está
numa situação de inviabilidade. Exatamente por quê? Porque a multa de alguns
tributos não pagos acabou levando o Hospital a leilão. E como se vê, poderão
vir outras entidades que atuam com o segmento social, de inclusão social - como
é a questão do atendimento médico, ou conveniado com o SUS. Essa Emenda, nobre
colega Todeschini, vem exatamente ao encontro dessas instituições que, por sua
vez, prestam um serviço que é reconhecido pela população de Porto Alegre, pelo
Estado todo, porque atendem o Estado todo, e não recebem nenhuma contrapartida
do Poder Público. Essa Emenda, que possibilita a isenção de 100% dessa multa,
acaba não só possibilitando que eles possam pagar, como também, negociar o
saldo negativo, isso é, parcelado.
Então,
eu queria apenas elencar essa Emenda, porque ela pode trazer vida àquelas
entidades que estão numa situação difícil, como é o caso mais recente do
Hospital Vila Nova, porque nós sempre observamos que ele recebe, mas, em
contrapartida, tem de pagar o salário dos trabalhadores em dia - que é um
compromisso social e isso tem que ser pago -, deve pagar os encargos sociais,
tem de pagar os encargos sociais e tem de pagar as taxas públicas, mas, muitas
vezes, o próprio Poder Público não paga em dia a prestação dos serviços.
Então,
está aqui uma medida salutar, uma medida que vem ao encontro das necessidades
dessas instituições voltadas à Saúde, demonstrando claramente que esse
Processo, ou o Projeto trazido pelo Governo, acaba contemplando aqueles que há
muito tempo reivindicam essa possibilidade. Eu até diria que, ao saber dessa
modificação, essas entidades deverão ir à Comissão de Saúde e Meio Ambiente
para que, naquela demanda já trazida por eles, possa o Governo Municipal, o
Executivo, num curto espaço de tempo, avaliar a mudança para amenizar, quem
sabe, o caso específico do Vila Nova não ir a leilão - porque já esteve em
processo de leilão por várias vezes. Uma vez amenizada essa situação, haverá a
possibilidade concreta de aquela unidade hospitalar ter vida e atendimento aos
trabalhadores, sejam eles do Município de Porto Alegre ou do Estado do Rio
Grande do Sul. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel): O Ver. Carlos Todeschini está com a
palavra para discutir o PLCE nº 004/05.
O SR. CARLOS TODESCHINI: Vereador Nedel, Presidente dos
trabalhos, nobres Pares, Vereadores desta Casa, público presente e assistência
do Canal 16, primeiro, eu queria louvar a iniciativa do Poder Público Municipal
em ir ao encontro da viabilização das condições para que as pessoas possam
pagar seus débitos com os tributos, seus débitos com as receitas
não-tributárias - e aí se entende, basicamente, as receitas tarifárias,
principalmente as vinculadas ao DMAE.
Eu
creio que é esse o objetivo do Projeto, e nós produzimos algumas Emendas, uma
das quais nós retiramos, até porque entendemos os argumentos e a justificativa
dos representantes do Sr. Secretário da Fazenda, em função de que nós não
tínhamos os dados mais definidos, mais precisos, individualizados com a média
dos devedores. Então, nós retiramos uma Emenda, em função de não impor qualquer
prejuízo aos objetivos do Governo. E fizemos aqui as Emendas dentro da idéia e
do espírito propostos, e antes discutidos pelo nobre Ver. Aldacir Oliboni, que
prevê um incentivo para aqueles devedores que realmente têm vontade de pagar,
mas que são penalizados pelos excessos do Poder Público.
Aliás,
é bom que o povo sempre se proteja dos Governos, de todos os Governos, porque
os Governos são “leoninos” e têm todo o poder, todos eles, principalmente
contra a parte mais fraca, contra os mais fracos, e o que nós estamos fazendo
aqui é uma tentativa de proteção das partes mais fracas, ou seja, daqueles
contribuintes que têm vontade, que têm intenção de pagar, mas, muitas vezes,
não têm condições. Então, nós fizemos as Emendas nessa direção, limitando, por
exemplo, a questão dos créditos não-tributários, ou seja, aqueles recursos
oriundos de tarifas, em débitos de até 50 mil UFMs, aproximadamente; ou seja,
aqueles que devem até cem mil reais, terão direito, sim, aos parcelamentos e
aos benefícios do Projeto proposto pelo Governo, com as Emendas aqui compostas
e discutidas. E, de outro lado, também nós produzimos a incorporação da
proposta do Governo, que é do parcelamento em até três vezes, com os
percentuais definidos aqui nas Emendas negociadas com a Secretaria da Fazenda,
e com uma atenção especial para as instituições de Saúde, os hospitais
vinculados ao SUS e que prestam serviços à comunidade, que vivem e sobrevivem
em grandes dificuldades. Particularmente, eu lembro do Hospital Vila Nova, em
que nós, por muitas vezes, fizemos rearranjos, negociações e remendos para que
ele pudesse continuar vivendo e atendendo a comunidade de Porto Alegre, porque
a gente sabe que é um hospital que recebe toda a comunidade carente, a
população sem família, os portadores de HIV, os presos, aqueles que são
rejeitados em todos os outros lugares, e é justo, sim, estender ao máximo o
benefício para que a Prefeitura, de um lado, possa ter em conta esses créditos,
mas de outro lado também possa criar as condições mínimas para que o hospital
viabilize o pagamento.
Da
mesma forma, a Santa Casa. Sabemos que não é a mesma situação do Hospital Vila
Nova, mas também tem um débito grande acumulado, e a gente conhece e sabe que a
Santa Casa é uma instituição especial aqui do Rio Grande do Sul e também,
inclusive, o Ver. João Dib relatava que, em uma determinada ocasião, mandou
cobrar tarifa mínima da Santa Casa para que ela pudesse sobreviver. A gente
lembra, nos anos passados, quantas campanhas foram feitas para que a Santa Casa
sobrevivesse.
Da
mesma forma, nós aqui produzimos a extensão do benefício para as creches
comunitárias vinculadas aos serviços municipais, ou seja, as creches
conveniadas que, muitas vezes, com os recursos que são aportados pelo Poder
Público, apenas parte dos custos são cobertos.
Então,
há, sim, interesse e importância que essas entidades tenham, na medida do
possível, os benefícios de poder se manter em dia, já que o pagamento das
contas também, na maior parte dos casos, é proveniente das subvenções que
recebem do Poder Público.
Então,
eu creio que nós estamos produzindo dessa forma um equilíbrio e uma justiça
maior para que, no conjunto, este Projeto tenha sucesso, o que vem em benefício
da Cidade. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel): Apregôo o PLCE nº 007/05, que institui o
Programa Municipal de Apoio e Promoção do Esporte - Proesporte. Altera e revoga
dispositivo da Lei nº 07, de 7 de dezembro de 1973, alterada pela Lei
Complementar nº 501, de 30 de dezembro de 1930, e dá outras providências.
O
Ver. Carlos Comassetto está com a palavra para discutir o PLCE nº 004/05, por
cedência de tempo da Verª Margarete Moraes.
O SR. CARLOS COMASSETTO: Sr. Presidente, Ver. João Carlos Nedel,
prezados colegas Vereadores, prezadas colegas Vereadoras, prezado Secretário
Tatsch e demais funcionários da Secretaria Municipal da Fazenda, quero fazer um
diálogo com o Sr. Secretário da Fazenda, em especial, porque há alguns
questionamentos que quero fazer e, ao mesmo tempo, quero fazer um
questionamento também à base do Governo. E venho aqui fazer a discussão e
análise deste Projeto de Lei porque entendemos, sim, que este é um Projeto que
vai ajudar a qualificar as políticas públicas do Município de Porto Alegre, mas
não podemos deixar de falar, Sr. Secretário, de quando o senhor vem à imprensa
colocando as dificuldades que tem nas finanças públicas municipais, e todos nós
sabemos que, realmente, existem dificuldades.
Mas
quero aqui ratificar uma questão: nós não fazemos oposição por oposição, mas,
sim, queremos discutir com profundidade os temas da Cidade.
Dito
isso, quero justificar esta minha fala inicial: se nós temos em torno de um
bilhão de dívida, e a meta dos senhores é arrecadar em torno de 300 milhões,
com o Projeto aqui colocado, em médio prazo, isso vai trazer ao cofre municipal
mais de 300 milhões. Isto é significativo, são 100% do investimento que nós
temos apontado anualmente, e isso vai dar uma redução em torno de 15 milhões, é
a isenção proposta. Está bem isentar 15 milhões para fazer entrar em torno de
300 milhões no cofre público.
Mas
quero-me referir aqui ao art. 6º que o Sr. Prefeito Municipal remete aqui à
Câmara, revogando o inc. V, que foi aprovado em 2003. Sr. Secretário, este inc.
V da Lei nº 501/03 trouxe um prejuízo de seis milhões de reais ao cofre público
municipal. Portanto, Sr. Secretário Tatsch, uma das suas reclamações é a falta
de recursos, e a Bancada que hoje é situação derrubou o Veto do Sr. Prefeito
Municipal João Verle.
Então,
nós não vamos votar contra o Projeto; pelo contrário, nós vamos construir
políticas para a Cidade. E eu quero ler aqui os argumentos e lhe fazer uma
pergunta: isso está acontecendo? A Justificativa do Executivo Municipal de
então, Ver. Nereu D’Avila, dizia o seguinte: a isenção - foi derrubado o Veto
do ISSQN dos estacionamentos sem manobristas, na cidade de Porto Alegre -
remeteu a uma renúncia fiscal de seis milhões. Esta é uma das razões,
Secretário Tatsch, das dificuldades que há no caixa da Prefeitura.
E
agora o Prefeito revoga, apresenta o Projeto revogando; nós estamos de acordo,
mas quem aprovou este Projeto não fomos nós. O senhor foi um dos que votou por
essa renúncia fiscal, e agora o seu Governo nos pede para derrubar este Veto. E
dizia o seguinte a introdução à Justificativa do Executivo, na época: que a
introdução na Lei Municipal de mais essa hipótese da não-incidência impõe uma
expectativa da redução da receita municipal, na medida em que ficariam ao
abrigo da não-incidência do ISSQN todos os grandes empreendimentos onde
funcionam os parques de estacionamento, como por exemplo, os shoppings, as universidades, o aeroporto
Salgado Filho, entre outros.
Portanto,
eu pergunto ao Secretário Tatsch e aos demais membros da Secretaria da Fazenda
se isto realmente está ocorrendo ainda, porque o inciso que foi aprovado para
esta Casa, numa manobra sobre o tema dos manobristas, dizia que a isenção era
somente para aqueles que não possuíam manobristas; porém, é dito por aqui que
há o entendimento de que há contrato de prestação de serviço, que há contrato
para a prestação de guarda de bem nos estacionamentos rotativos; mesmo não
existindo por escrito, é pacificada na jurisprudência, na seara do Direito Civil.
Então,
o que nós estamos analisando aqui, hoje... A Bancada de situação tem de se
responsabilizar por isto neste momento: cometeu a isenção da renúncia fiscal de
seis milhões ainda no final do Governo Verle. Nós concordamos com o Governo
Fogaça no sentido de que tem de revogar, porque foi uma injustiça de ordem
política a que foi feita naquele momento, de oposição por oposição, sem
conteúdo de diálogo com o Sr. Secretário.
Estamos
aqui tranqüilamente dizendo isto e nos responsabilizando junto com o senhor
para revogar este inciso. Foi irresponsavelmente derrubado o Veto na gestão
passada pela atual base do Governo do Sr. Fogaça. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel): O Ver. Carlos Todeschini está com a
palavra para discutir o PLCE nº 004/05, por cedência de tempo da Verª Maria
Celeste.
O SR. CARLOS TODESCHINI: Sr. Presidente, eu retorno aqui para
discutir o assunto de um acordo que nós fizemos agora, de emenda, e, também dos
créditos não-tributários abrangendo um pouco mais, para além dos hospitais e
das creches comunitárias, em acordo, aqui, com o Ver. Sebastião Melo, e com uma
orientação e um pedido que vem do DMAE, ampliando também o limite da isenção de
multas ou ampliando para 100%, no caso dos condomínios residenciais e
cooperativas, que são alguns casos de dívidas acumuladas com grandes
conglomerados habitacionais, como o Condomínio Fernando Ferrari e alguns casos
similares, com situação de avolumamento de dívidas, de contas, porque, se não
tiverem uma possibilidade de negociação, se torna impossível o ingresso desses
créditos no Município.
Sabemos
que a maior parte desses casos, a grande maioria, são casos de pessoas que não
puderam pagar, e, se não forem dadas as condições, isso inviabiliza
completamente a possibilidade de pagamento.
Creio
que são justos o encaminhamento e a proposição feita em acordo, aqui, tornando
mais abrangente e o mais eficiente possível esse esforço, de modo que as
pessoas possam pagar, e o Município possa arrecadar, porque precisamos muito de
obras, precisamos da melhoria dos serviços; estamos precisando, e a Cidade
demanda a dinâmica dos investimentos que devem ser feitos para manter a
economia aquecida.
E
as pessoas que devem, com certeza, têm vontade de pagar, porque o débito só se
eleva, se torna uma bola de neve, e, muitas vezes, todos os imóveis estão com o
título comprometido, e os proprietários que, muitas vezes, têm apenas uma
residência, uma casa, um apartamento, ficam ameaçados de perder a sua
propriedade, a sua residência.
Uma
vez aconteceu conosco isso, porque pelo trabalho de ajuizamento e de cobrança
judicial que fazíamos lá no DMAE, num determinado dia, chegou para execução
judicial o Centro Vita; e o Administrador e os proprietários do Centro Vita
foram lá e nos entregaram as chaves, todo o condomínio e todas as pessoas que
estavam lá dependendo daquela atividade social.
Então,
eu conheço a dramaticidade, e não é diferente daquilo que falei antes, do
Hospital Vila Nova e de outras instituições, bem como de algumas creches, Ver.
Oliboni; a Creche Renascer da Esperança, na Restinga, é um exemplo típico
também, que sobrevive basicamente de voluntários, de doações e que atende mais
de 200 crianças que não têm amparo familiar, crianças extremamente carentes;
essa creche deve ser, sim, beneficiária de incentivos, porque o trabalho social
que é produzido naquela instituição é grandioso, é uma verdadeira obra de
inclusão social. E os serviços de água e saneamento são essencialíssimos para
que as pessoas lá dependentes, basicamente crianças, tenham condições de
salubridade, condições de ambiente para passar o dia, para o convívio, para a
educação, para o lazer, encontrando, ali, talvez, a forma de convívio que não
têm em casa, porque muitos não têm família.
Então,
nesse sentido, eu creio que nós, na composição, fizemos uma ampliação, mas vai
ao encontro do esforço de arrecadar mais, porque a Cidade está precisando
melhorar. A Cidade está precisando dos investimentos, a Cidade está precisando
muito dos serviços, que, na minha opinião, estão muito precários. Estão
decaindo muito, se comparados ao ano passado.
A
Saúde, por exemplo, está aí com uma demanda reprimida muito grande, que caiu em
qualidade. E nós sempre dissemos aqui que daríamos todas as condições para o
atual Governo poder realizar o atendimento e os serviços que a nossa comunidade
exige. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães):
Nós queremos apregoar a retirada da Emenda nº 06, do Ver. Sebastião Melo ao
PLCE nº 004/05; bem como das Emendas 03 e 02, ambas do Ver. Carlos Todeschini
ao PLCE nº 004/05. E apregôo o ingresso da Emenda nº 13 ao PLCE nº 004/05, de
autoria do Ver. Carlos Todeschini.
A
Verª Sofia Cavedon está com a palavra para discutir o PLCE nº 004/05, por
cedência de tempo do Ver. Carlos Comassetto.
(Manifestações
inaudíveis de vários Vereadores.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Para esclarecer, o Ver. Carlos Comassetto
falou uma vez - é isso? - e cedeu para a Verª Sofia - é isso? Há alguma dúvida
sobre isso?
É
possível... Ele pode falar e pode ceder.
A SRA. SOFIA CAVEDON: O Ver. Carlos Comassetto falou no lugar
da Verª Margarete, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Para esclarecer, ele cedeu... Houve
cedência da Verª Margarete Moraes para o Ver. Carlos Comassetto. E o Ver.
Carlos Comassetto cedeu para a Verª Sofia Cavedon. Ficou claro?
É
que eu tinha recebido do Ver. João Carlos Nedel...
A
Verª Sofia Cavedon está com a palavra, para discutir o PLCE nº 004/05, por
cedência de tempo do Ver. Carlos Comassetto.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Obrigada, Sr. Presidente. Eu falei
apenas uma vez sobre este tema, mas devo ter falado algo que incomodou tanto
que parece que falei mais vezes. Eu quero apenas continuar aqui a ler as razões
do Veto do Prefeito João Verle, na época, ao inciso V, que concedeu isenções,
que me parece que não foi muito bem lido pela oposição da época, atual base do
Governo.
E
as razões do Veto, que o Ver. Comassetto já começou a ler aqui, foram muito
claras, alertavam este Legislativo que, numa aparente restrita Emenda aos
estacionamentos que colocassem manobristas e se responsabilizassem pela guarda,
já havia jurisprudência considerando todo e qualquer estacionamento responsável
pela guarda de bens. O Veto diz isso. E o Veto diz que esse tipo de iniciativa
fará com que, além das questões já levantadas aqui pelo Ver. Comassetto, os
estacionamentos de shopping não
pudessem pagar - a sua introdução prejudica a cobrança de outros serviços da
lista, como o de hotelaria, de exploração de salões de festa e congêneres -
atividades que possuem embutidas conjuntamente a prestação de serviço e a
locação de imóveis.
Eu
quero, aqui, fazer esta reflexão, porque, quando se vota uma isenção que não
tem o menor fundamento, porque não são instituições filantrópicas, porque não
são instituições que estão prestando um serviço social, não sei no que se
fundamenta a Emenda do atual Secretário do Planejamento, aprovada por todos os
Vereadores da oposição. Acredito que fossem vinte Vereadores de oposição, na
época. E não têm a dimensão do que aconteceu. Aconteceu que todos os
estacionamentos desta Cidade, muito provavelmente - aqui a pergunta do Ver.
Comassetto, que fica ao Governo Municipal, e faremos esse pedido por escrito -,
todo e qualquer estacionamento, provavelmente, não deve estar pagando a taxa do
ISSQN, que é sobre o serviço de qualquer natureza. E o serviço de guarda de
automóveis é uma beleza. É importante, é necessário, mas é uma beleza de
serviço; dá uma grande retribuição, pega, exatamente, o serviço que é ofertado
por uma faixa da população igual a nossa, que possui carro e que estaciona no
estacionamento, que tem recurso para pagar esse estacionamento. Portanto, não é
um serviço que é oferecido à classe mais desprovida da Cidade. Quer dizer, não
tem fundamento para esta isenção.
Faço,
aqui, esta reflexão, porque nós precisamos cobrar coerência, sim, de um
Governo, de uma oposição que não se responsabilizou naquele momento pelas
finanças públicas, que não avaliou as conseqüências do que seria essa isenção,
mesmo alertadíssimos pelo Veto do Sr. Prefeito João Verle. Isso foi no final de
2003; e o último ano, ano de 2004, foi o ano penalizado. Esta cidade teve o seu
ano penalizado. Vejam: final de 2003. O ano de 2003 já foi o ano em que o
Governo Municipal anunciou que tinha problema de déficit. Abriu isso para a
Cidade, tomou medidas duras e não houve solidariedade desta Casa. Medidas duras
foram tomadas pelo Prefeito João Verle. Eu era Secretária na época,
contingenciamos muitos Orçamentos. Eu não estava nesta Câmara, estava na
Secretaria Municipal de Educação. Tivemos que remanejar professores, não
nomeamos absolutamente ninguém no início de 2004. Todo um esforço de não
nomear, em nenhuma Secretaria, com exceção da Saúde; todo um ajuste de contas;
um remanejamento de contratos, e a solidariedade que teve desta Câmara foi mais
isenção de impostos para um setor que é inexplicável! É por isso que eu trago
aqui esta indignação, repetindo-a, porque o Governo já havia anunciado os
problemas de caixa no ano anterior, e, no fim do ano, foi aprovada essa
isenção, o que resultou, pela projeção que nós temos, 6 milhões a menos nos
cofres públicos. Então, faço esse registro: nós não votaremos dessa maneira;
nós votaremos responsavelmente com o Governo para que esse serviço pague
imposto.
(Não
revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Não havendo mais quem queira discutir, em votação nominal,
por solicitação desta Presidência, o PLCE nº 004/05. (Pausa.)
O SR. SEBASTIÃO MELO (Questão de Ordem): Sr. Presidente, só para um esclarecimento de votação - e
solicito a atenção da linha do Governo -: foi destacada alguma Emenda? Não
houve nenhum destaque?
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Não, não há destaque.
O SR. SEBASTIÃO MELO: As Emendas, todas pela aprovação? Portanto, vota-se em
conjunto? As Emendas são votadas em conjunto, não havendo destaque? Então, eu
vou destacar todas as Emendas. Porque eu não sei, na confusão, se há Emendas
que devem-se aprovar ou rejeitar. Então, eu vou requerer o destaque de todas as
Emendas.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): A esta altura fica difícil. Eu encerrei a discussão e estou
colocando em votação. Ver. Sebastião Melo, as Emendas são votadas uma a uma,
Emenda por Emenda, sem encaminhamento.
Em
votação nominal, por solicitação desta Presidência, o PLCE nº 004/05. (Pausa.)
(Após a apuração nominal.) APROVADO por
28 SIM.
O SR. SEBASTIÃO MELO: Sr. Presidente, requeiro a V. Exª que me
informe quais as Emendas que vão à votação, porque muitas foram retiradas, para
se ter um controle e ver qual o procedimento.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Passo a ler a relação de Emendas que
serão votadas. (Lê.): “As Emendas de n° 01 à nº 04 foram retiradas; a Emenda nº
05, de autoria do Ver. João Carlos Nedel e Ver. João Antonio Dib irá à votação;
a Emenda nº 06 foi retirada; a Emenda nº 07, de autoria do Ver. João Carlos
Nedel e Verª Clênia Maranhão irá à votação; a Emenda nº 08, de autoria do Ver.
João Carlos Nedel e João Antonio Dib - se aprovada, prejudica a Emenda nº 12 -,
irá à votação; as Emendas nºs 09 e 10 foram retiradas; a Emenda nº 11, de
autoria do Ver. Carlos Todeschini, Ver. Raul Carrion e Verª Manuela d’Ávila irá
à votação; a Emenda nº 12, de autoria do Ver. Raul Carrion e Verª Manuela
d’Ávila, irá à votação; a Emenda nº 13, de autoria do Ver. Carlos Todeschini e
Verª Maristela Maffei, irá à votação.
Em
votação nominal, por solicitação desta Presidência, a Emenda nº 05 ao PLCE nº
04/05. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADA
por 30 votos SIM.
Em
votação nominal, por solicitação desta Presidência, a Emenda nº 07 ao PLCE nº
004/05. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADA por 29 votos SIM.
Em
votação nominal, por solicitação desta Presidência, a Emenda nº 08 ao PLCE nº
04/05. (Pausa.) Eu informo que, ao ser aprovada essa Emenda, a Emenda nº 12
ficará prejudicada. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADA por 28 votos SIM.
Conseqüentemente fica prejudicada a Emenda nº 12.
Em
votação nominal, por solicitação desta Presidência, a Emenda nº 11 ao PLCE nº
04/05. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADA
por 28 votos SIM.
Em
votação nominal, por solicitação desta Presidência, a Emenda nº 13 ao PLCE nº
004/05. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADA por 27 votos SIM.
Apregoamos
o Requerimento de autoria do Ver. Carlos Todeschini, solicitando autorização
para representar a Câmara Municipal de Porto Alegre no Seminário Novo Marco
Regulatório do Setor de Saneamento no Brasil, patrocinado pela Assemae, no dia
29 de setembro de 2005, em Brasília, sem ônus para a Casa.
Cumprido
o acordo firmado e esgotado, portanto, o material, nós queremos saudar as Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores e agradecer a todas as pessoas que participaram da
presente Sessão.
Queremos
também saudar o Secretário da Fazenda Cristiano Tatsch e o Subsecretário
Zulmir, assim como demais funcionários da Secretaria da Fazenda.
Estão
encerrados os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se
a Sessão às 18h44min.)
*
* * * *